Professores: mais um sindicato na manifestação

O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) anunciou esta quinta-feira a sua participação a 8 de Novembro, em conjunto com a Plataforma dos Sindicatos de Professores, na manifestação nacional de protesto contra as políticas do Ministério da Educação, escreve a Lusa.

«A injustiça grosseira a que o Ministério da Educação (ME) quer votar todos os professores e educadores não deixa o SIPE indiferente. Apesar da sua total independência face às forças políticas existentes, o SIPE considera que as medidas que o ME pretende implementar ao sector são desajustadas, inadequadas, prejudiciais, inibidoras à progressão das carreiras e castradoras de um bom desempenho da acção educativa», refere o sindicato em comunicado.

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Professores não se entendem sobre a manifestação

O SIPE considera que «o Ministério da Educação privilegia os interesses economicistas em detrimento da estabilidade docente (fundamental ao sucesso escolar tão propagandeado pelo Governo), da qualidade pedagógica e do interesse dos alunos».

O sindicato acusa o Ministério da Educação de «colocar um exame de ingresso aos contratados, dividir a carreira, exigir um exame de acesso à categoria de professor titular, implementar um sistema de quotas, congelar as carreiras e aumentar despropositadamente o número de anos em cada escalão».

«Agora ainda tem a ousadia de querer obrigar todos os docentes pertencentes aos Quadros de Zona Pedagógica a concorrer a quatro quadros de zona e a 25 quadros de agrupamentos (o que significa uma mobilização de professores sem sentido em que, a título de exemplo, um docente de Bragança tem de concorrer à zona quadro do Porto e vice-versa)», acusa.

Apelo para dia 8

O SIPE, «em conjunto com a plataforma sindical, apela a todos os educadores e professores que se juntem a esta mega manifestação do próximo dia 8 de Novembro, porque entende que é a altura exacta para mais uma acção de protesto».

«A data limite para as reuniões com o ME, ao abrigo da negociação suplementar, decorrerão entre 10 e 14 de Novembro. Assim, faz todo o sentido que a luta dos professores e educadores seja antes das mesmas negociações, porque depois da casa roubada... trancas na porta», refere também o comunicado.