Avaliação de professores: 20 escolas pedem suspensão - TVI

Avaliação de professores: 20 escolas pedem suspensão

Ministra da Educação

Fizeram abaixo-assinados e aprovaram moções, mas ministra assegura que processo está a avançar de «forma normal»

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A ministra da Educação assegura, em declarações à Lusa, que o processo de avaliação de desempenho dos professores está a avançar de «forma normal e com grande sentido de responsabilidade» na maioria das escolas.

«A maioria das escolas está a realizar o processo de avaliação de uma forma normal e com grande sentido de responsabilidade», disse Maria de Lurdes Rodrigues, depois de questionada sobre a existência de escolas onde os professores suspenderam ou pediram a suspensão do processo de avaliação.

Pedido de suspensão da avaliação é «infantil»

«O importante é que as escolas estão a realizar o seu papel num processo de mudança do ensino que é exigente para todos os agentes de ensino», declarou, manifestando-se convicta de que «essas escolas inspirarão as outras para que também adoptem as boas práticas».

Professores de várias escolas aprovaram moções e abaixo-assinados a exigir ao Ministério da Educação a suspensão do processo de avaliação de desempenho, segundo sindicatos e professores contactados pela Agência Lusa.

Cerca de 20 escolas já tomaram posição

Segundo Lucinda Manuela, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), «em 17 a 20 escolas ou agrupamentos de escolas» já foram aprovadas pelos professores tomadas de posição a pedir a suspensão do processo de avaliação de desempenho.

Também o presidente da Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI), Carlos Chagas, admitiu à Lusa que tem conhecimento de que em «algumas escolas» os professores suspenderam os procedimentos e que noutras aprovaram moções nas quais exigem a suspensão da aplicação do modelo.

Foi o que aconteceu no agrupamento de escolas de Poiares, onde 116 dos 130 professores pediram a «revogação imediata» do despacho que institui a avaliação de desempenho e de toda a legislação «conexa», considerando, numa moção, que a aplicação do modelo é «inexequível, por ser inviável praticá-lo segundo critérios de rigor, imparcialidade e justiça» e que «não contribui nem para o sucesso dos alunos, nem para a qualidade do trabalho pedagógico que os professores pretendem».

Na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Real, 130 dos 160 professores decidiram mesmo suspender o processo de avaliação, não entregando os objectivos individuais.

Na moção aprovada, os professores daquele estabelecimento de ensino referem que os objectivos de todos os docentes estão definidos e passam, indiscutivelmente, pelo sucesso dos seus alunos, segundo a professora Delfina Rodrigues, em declarações à agência Lusa.
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