Santa Maria: doentes afectados registam melhorias - TVI

Santa Maria: doentes afectados registam melhorias

Conferência de imprensa no Hospital Santa Maria

Equipa do Santa Maria passa a ter colaboração da Ordem dos Advogados e da Soiedade Portuguesa de Oftalmologia

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Os seis doentes afectados pelas complicações decorrentes da injecção de Avastin nos olhos apresentam melhorias, segundo informa o director clínico do Centro Hospitalar Lisboa Norte em comunicado.

«Nas últimas vinte e quatro horas, todos os doentes (...) manifestaram melhoria das queixas sintomáticas dolorosas, bem como melhoria do quadro inflamatório. Para além desta melhoria, verificou-se ligeira progressão favorável do grau de visão em três dos doentes», começa por referir Correia da Cunha.

Presidente da comissão técnica dos medicamentos do Infarmed

Continua a haver acompanhamento clínico dos doentes por equipa multidisciplinar de oftalmologistas, diabetologistas, psiquiatras e psicólogos, mas agora com a colaboração técnico-científica do Colégio de Especialidade de Oftalmologia da Ordem dos Médicos e da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, nomeadamente «para esclarecimento das causas de desenvolvimento das reacções adversas e para optimização da terapêutica de recuperação dos doentes».

O director do Serviço de Oftalmologia do Hospital de S. João também deverá juntar-se a este núcleo muito brevemente.

Medicamento que provocou cegueira suspenso no S. João

Entretanto, os médicos informaram os doentes que tudo indica que se trata de uma situação tóxica, o que significa que o problema está no produto injectado nos olhos dos doentes, segundo noticia o jornal «Público». No entanto, fonte do Infarmed garantiu à agência Lusa que os resultados das análises efectuadas ao medicamento só deverão ser conhecidos na próxima semana.

Estado tem de indemnizar doentes

O problema surgido com seis doentes do Hospital de Santa Maria terá de ser resolvido pelo Estado e com uma indemnização, considerando que a farmacêutica Roche avisou atempadamente para os riscos do uso do Avastin no tratamento oncológico oftalmológico.

Segundo o juiz desembargador Eurico Reis, terá de ser o Estado a indemnizar as vítimas «na exacta medida do dano que lhes foi causado pela aplicação do Avastin, mesmo não havendo comportamento culposo», disse à «Rádio Rensacença». Na sua opinião, «o Estado poderá exigir o direito de regresso sobre os responsáveis pelo acto médico causador do dano, caso se prove que actuaram dolosamente ou com mera negligência».

Na opinião do juiz, o próprio facto do director do hospital ter garantido que assumirá todas as responsabilidades significa que o Estado admite um acordo extra-judicial com as vítimas.
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