Serra do Ameal: fogo consumiu 300 hectares - TVI

Serra do Ameal: fogo consumiu 300 hectares

Fogo [Arquivo]

Autarca diz que este «foi o maior incêndio [no concelho], pelo menos da última década e meia»

O incêndio que deflagrou sábado na Serra do Ameal, concelho de Castanheira de Pêra, consumiu cerca de 300 hectares de mato, revelou o comandante distrital de operações de socorro de Leiria, José Manuel Moura.

«É essa a estimativa», declarou o responsável, que se encontra ainda no local com 117 bombeiros e 29 viaturas, de 35 entidades diferentes, que procedem à vigilância da área.

O fogo deflagrou às 17:23 de sábado, tendo sido declarado circunscrito às 00:05 de domingo e o rescaldo iniciado cerca das 02:00, segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

No entanto, novos reacendimentos ocorreram no dia de domingo, motivando a intervenção de um total de 296 bombeiros, de 43 corporações, apoiados por 71 viaturas, além de vários meios aéreos, acrescentou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.

O fogo foi declarado extinto às 03:50 de segunda-feira, momento em que começou a fase de rescaldo adiantou a mesma fonte.

«Os acessos, as condições do terreno, com declives acentuados, e o forte vento» foram os problemas com que se debateram os bombeiros, adiantou José Manuel Moura, considerando estes «riscos muito grandes».

O presidente da Câmara Municipal da Castanheira de Pêra, Fernando Lopes, reconheceu que «o principal inimigo do combate ao incêndio foi o vento forte», acrescentando que a Serra do Ameal «é uma zona muito acidentada».

Fernando Lopes admitiu à agência Lusa que este «foi o maior incêndio [no concelho], pelo menos da última década e meia». «Embora a área ardida tenha sido mato, o fogo atingiu ainda uma pequena área de eucaliptal e de zona da Rede Natura 2000», confirmou o autarca, esclarecendo: «A área não me parece ter espécies muito significativas do ponto de vista ambiental, a não ser urze e carqueja».

Fernando Lopes explicou que a área atingida pelo incêndio é privada e integra baldios, não podendo, neste momento, avançar com a quantificação de prejuízos.

O responsável adiantou, no entanto, que o incêndio esteve apenas próximo de uma habitação, obrigando à evacuação de um casal que aí residia.

A Directoria do Centro da Polícia Judiciária, sediada em Coimbra, está a investigar as causas deste incêndio.
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