Portuguesa eleita Miss Greve - TVI

Portuguesa eleita Miss Greve

  • Portugal Diário
  • 13 dez 2007, 00:05

Ana Paula Gonçalves é camionista e estava «retida» em Itália

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A camionista portuguesa Ana Paula Gonçalves, de 29 anos, foi eleita Miss Greve em Itália, paralisada há três dias por uma greve de transportes rodoviários, noticia a edição digital do semanário Expresso, citado pela Lusa.

No meio do caos provocado pela paralisação, entretanto desconvocada ao final do dia de quarta-feira, o sítio do Expresso vê a eleição desta portuguesa como um «episódio divertido» entre muitas «chatices» causadas por este braço-de-ferro que pôs a Itália à beira de um ataque de nervos.

A eleição de Ana Paula Gonçalves, «a grande figura feminina da greve», decorreu no meio de uma «fila interminável» de camiões na auto-estrada de Flores, perto da fronteira com a França, informa a mesma fonte.

Miss Greve, motorista da empresa Atlântica, trabalha no sector dos transportes há um ano e tem dois filhos adolescentes.

Sobre a greve, fala do seu lado positivo: «Ouvimos música, jogámos cartas e falámos sobre o belo país que é Itália. Nunca nos aborrecemos», conclui Ana Paula Gonçalves citada pelo semanário Expresso.

Regressar à normalidade

Os camionistas italianos decidiram quarta-feira, depois de uma reunião com o Governo, desconvocar a greve que paralisava Itália desde segunda-feira mas o país levará ainda uns dias a regressar à normalidade, enquanto se contabilizam as perdas.

A greve, contra o preço do gasóleo, e pela falta de ajudas ao sector, foi desconvocada por dois dos principais sindicatos, Cna Fita e Confartigianato, esperando-se para as próximas horas idêntica decisão por parte dos outros cinco.

O sub-secretário da Presidência do Conselho, Enrico Letta, afirmou que «a questão está resolvida».

«Contamos que o país regresse nas próximas horas à normalidade e que os danos possam ser limitados», disse numa conferência de imprensa.

Todavia, a maior associação de agricultores italiana, Coldiretti, indicou que «será necessária uma semana para regressar à normalidade».

A paralisação dos camiões pesados, que reteve cerca de 70 motoristas portugueses, pôs em causa o sistema de distribuição e abastecimento do país, onde quarta-feira era difícil encontrar combustível e escasseavam produtos básicos, como o leite e o pão.
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