600 alunos em contentores - TVI

600 alunos em contentores

250 alunos têm aulas em contentores

As obras de requalificação da escola secundária de Campo Maior, da responsabilidade da Parque Escolar, deviam ter terminado em Maio

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Cerca de 600 alunos de Campo Maior, no Alentejo, iniciaram esta segunda-feira o ano letivo em contentores, na sequência do atraso nas obras de requalificação da escola secundária, disse à agência Lusa o presidente do município.

«Os alunos terminaram o ano letivo nos contentores e começaram este novo ano letivo nos contentores», lamentou o presidente da Câmara de Campo Maior, Ricardo Pinheiro.

As obras de requalificação da escola secundária de Campo Maior, da responsabilidade da Parque Escolar, arrancaram em maio de 2011, tinham como data inicialmente prevista para a sua conclusão durante o mês de maio deste ano, mas, segundo o autarca, as obras «ainda não passaram» da primeira fase.

De acordo com a autarquia alentejana, enquanto não terminarem as obras, os alunos, para terem acesso ao pavilhão desportivo, têm de sair do recinto escolar e as refeições são confecionadas em espaço extra escola e transportadas em carrinhas.

«A refeições são servidas num refeitório também instalado em contentores», lamentou o autarca.

«Isto no Alentejo e no país, para quem cresce e desenvolve não serve para rigorosamente nada. Campo Maior foi a única terra do Alentejo, tirando Sines, que cresceu em população, mas uma coisa é certa, os jovens de Campo Maior, neste momento, só têm um incentivo é sair de Campo Maior para poderem estudar em condições».

Observando que as obras «estão paradas», Ricardo Pinheiro lamentou a «falta de informação» por parte da Parque Escolar e do Ministério da Educação sobre o futuro da escola.

«Eu ando há uma semana a tentar falar com a Parque Escolar. Das diversas entidades que contacto (Direcção Regional de Educação do Alentejo e Ministério da Educação) dizem-me que a Parque Escolar é uma entidade externa. Mas, afinal, que de quem é a Parque Escolar? Minha não é», declarou.

Contactada pela Lusa, fonte da Parque Escolar confirmou que as obras de requalificação da Escola Secundária de Campo Maior «sofreram um atraso nos prazos de conclusão inicialmente previstos», os quais são decorrentes, essencialmente, das «dificuldades financeiras do consórcio executante».

A mesma fonte adiantou que o prolongamento das obras «não compromete o funcionamento da escola», uma vez que a Parque Escolar «mantém no local os monoblocos climatizados» para utilização pela comunidade educativa, enquanto decorrer a intervenção no estabelecimento de ensino.
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