PSP disparou para afugentar cães

Um automobilista que ia a passar em Casal da Granja, Sintra, viu o que lhe pareceu ser «um homem deitado no chão com cães à volta». Não parou. Mas ligou para o 112. Eram 7:08 da manhã.

«Recebemos uma chamada de um automobilista que disse que tinha visto um homem deitado no chão com cães à volta e, Casal de Granja. Enviámos a PSP e os Bombeiros Voluntários para o local», explicou ao PortugalDiário o porta-voz do INEM, Pedro Coelho dos Santos.

Os bombeiros foram mais rápidos, mas quando lá chegaram não havia muito que pudessem fazer. «Recebemos uma chamada via CODU às 7:20 horas. Primeiro foi-nos dito que uma pessoa se tinha sentido mal em Granja. Já íamos a caminho quando nos disseram que afinal era uma pessoa a ser atacada por quatro cães», disse ao PortugalDiário o comandante Pedro Ernesto dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra.

«Quando lá chegámos, deparámo-nos com uma vítima prostrada na estrada com quatro cães à volta. Mas os animais não permitiam que nos aproximássemos. Só quando os agentes da PSP chegaram e começaram a disparar balas para o ar é que os animais dispersaram», conta.

Na altura em que finalmente conseguiram por a vítima na ambulância, «foi possível confirmar que já estava cadáver. Não havia mais nada a fazer», disse o comandante.

A vítima era Vira Chudnenko, uma ucraniana de 59 anos, que encontrou a morte na manhã desta quarta-feira quando foi surpreendida por quatro cães arraçados de Rottweiler quando ia para o trabalho.

A mulher, que completava os 60 anos no início de Junho, vivia «já há uns tempos» em Casal da Granja com o marido Fernando Podêncio, português, pedreiro de profissão, disse ao PortugalDiário Adriano Filipe, presidente da Junta de Freguesia de Sintra.

Os cães estão já no canil municipal e «o mais provável é serem abatidos», disse ao PortugalDiário fonte da Polícia Municipal de Sintra.

Segundo o presidente da Junta, ainda não se sabe o nome do proprietário dos animais, pelo que ainda não se apurou se os cães tinham licença, nem por que motivo estavam soltos.