Empurrões e «muletas»

Os empurrões e as «muletas» (camisola ou casaco no braço) são outros métodos muito comuns nos furtos. «A vítima não se apercebe. É empurrada por uma pessoa que pede desculpa, várias vezes, e um colega leva o telemóvel ou a carteira no momento da queda», conta o subcomissário Marques Quinto.

As entradas nos transportes públicos são propícias a este tipo de furtos e isto é mais frequente no Verão, devido à afluência de turistas. Na época de festas é nas lojas da baixa que está o "subsídio de Natal" dos carteiristas.

«É mais fácil furtar numa loja com 80 pessoas do que numa com dez. Há muita gente distraída e a pensar no que vai comprar. O descuido é ainda o principal aliado destes amigos do alheio. Há muita gente que continua a transportar todo o dinheiro num bolso ou que deixa a carteira em cima do balcão», explica o subcomissário.

Ainda assim, e apesar da maior afluência de pessoas na época das compras os casos denunciados são os mesmos. «Há muitas cifras negras. As queixas que nos chegam não aumentam nesta altura, no entanto, é possível que haja mais furtos», adianta.

Um passeio a prevenir

O combate é então feito através da prevenção. As patrulhas são amplamente reforçadas no mês de Dezembro nas zonas comerciais. Os polícias que normalmente fazem serviço nas Brigadas de Intervenção Rápida ou na Escola Segura são destacados para os patrulhamentos.

«O facto de haver mais polícias na rua aumenta o sentimento de segurança e demove os carteiristas. Quanto mais polícia houver, menos eles actuam. É na prevenção que apostamos», explica o subcomissário.

O PortugalDiário acompanhou uma patrulha da PSP durante uma tarde nas ruas da baixa lisboeta. A intervenção dos agentes é na maior parte dos casos de auxílio. «Não só fazemos prevenção com nossa presença como podemos ajudar a resolver qualquer conflito ou situação mais complicada», explica um dos agentes.

As patrulhas da PSP na baixa lisboeta passam sobretudo pelo contacto com o cidadão e com os comerciantes. Veja a reportagem fotográfica