Carlos Cruz vai divulgar «nomes que não foram investigados» - TVI

Carlos Cruz vai divulgar «nomes que não foram investigados»

Carlos Cruz à chegada ao Tribunal de Monsanto

Apresentador diz que processo foi «propositadamente dirigido» ao PS e que há denúncias sobre «pessoas de outros partido», mas nunca foram ouvidas

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Carlos Cruz afirma que vai divulgar nomes do processo Casa Pia que nunca foram investigados. Em entrevista ao jornal «I», publicada este sábado, o antigo apresentador de televisão diz que, qualquer que seja a decisão do tribunal, que deverá ser conhecida na próxima sexta-feira, vai revelar no seu site os nomes de pessoas que nunca foram investigadas.

Começa por dizer que a prisão de Carlos Silvino «assustou muita gente», «pessoas proeminentes da sociedade portuguesa, em vários quadrantes que seriam, serão, terão sido clientes, abusadores de alunos da Casa Pia».

Cruz diz ter servido para distrair as atenções em relação a pessoas poderosas que foram os verdadeiros abusadores e diz que o processo foi «propositadamente dirigido» às estruturas superiores do PS. «Há outros nomes referidos no processo, que não são do PS, que nunca foram ouvidos ou investigados. Isso vai aparecer muito em breve no meu site, esses nomes vão aparecer», afirmou.

«Há denúncias feitas pela Drª Teresa Costa Macedo, de nomes que estão aí, que são pessoas importantes na nossa sociedade. Nunca foram ouvidas, nunca foram investigadas», adianta. Não querendo concretizar os nomes, diz apenas que « são pessoas não ligadas ao PS e ligadas a outros partidos».

«Se recuarmos até 2002 e analisarmos a situação política na altura, há que ver as ligações entre pessoas proeminentes desta situação, desde a Drª Teresa Costa Macedo, ao Dr Bagão Félix, ao primeiro-ministro da altura. Ver que ligações e que tipo de actuação política estava em jogo. E por que é que o artigo da revista «Le Point» que acusa dois ministros da altura não tem continuação», adianta. « Eu sei quem são [esses ministros], mas não vou dizer, como é evidente».

Carlos Cruz diz que uma eventual condenação não o incomoda do ponto de vista moral, mas promete «ir até ao fim do mundo na divulgação do que considera ser a verdade». E promete entregar no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem um dossier muito completo onde vão constar o que diz serem «erros técnicos e falta de isenção da investigação».
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