Gangue de jovens utilizava gorros e armas para roubar ouro - TVI

Gangue de jovens utilizava gorros e armas para roubar ouro

Operação Charlie da PJ no Porto

PJ do Porto desarticula grupo de criminosos durante a «Operação Charlie»

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A criminalidade violenta no Porto sofreu um rude golpe após a «Operação Charlie» lançada pela Polícia Judiciária na terça-feira. «Existem outros grupos», mas a verdade é que este foi neutralizado, levando dezoito pessoas para a cadeia. Eram sobretudo jovens, actuavam com gorros que lhes tapavam as caras e armas para roubarem ourivesarias e ourives ambulantes. Nos próximos tempos poderá haver mais detenções, ainda decorrentes da investigação.

Em conferência de imprensa, o coordenador da investigação criminal da PJ do Porto, Gil Carvalho, explicou que «foi desarticulado um grupo que ao longo de um certo tempo praticou um elevado número de assaltos, mas há mais grupos». Eram sobretudo «jovens, com historial de violência, ligados a outros indivíduos menos jovens, que tinham outro tipo de funções»

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Dos objectos apreendidos fazem parte um forno utilizado para derreter ouro, havendo «vestígios de que foi recentemente utilizado». Também foi apreendida uma grande quantidade de ouro e relógios, maçarico e outras ferramentas próprias para fundir ouro. A quantidade de estupefacientes «de toda a espécie» não foi considerada significativa.

O processo em curso «está centralizado no DIAP mas pode estender-se para fora da área territorial do Porto», num sinal de que os assaltos à mão armada podem ter sido cometidos também fora do distrito.

Na operação foram envolvidos cerca de 150 elementos da PJ e «foram apreendidas quatro espingardas, um revólver, uma pistola, centenas de munições de diversos calibres, oito viaturas, quatro das quais de grande cilindrada, e várias matrículas de automóveis, nacionais e estrangeiras», segundo explicou o director-nacional adjunto João Baptista Romão.

No material exposto na sede da Polícia no Porto foi possível observar, ainda, capuzes, gorros e luvas, mas entre as apreensões também surgem capacetes, viaturas automóveis, motos, aparelhos electrónicos, equipamento informático e cerca de 30.500 euros.

Não é possível identificar líderes entre o gangue, mas, provada a associação criminosa, é sabido que entre estes 18 detidos «havia quem se destacasse», pelo que a moldura penal após provados os crimes em Tribunal poderá ser diferente.

Sem ligação à Noite Branca

Uma das notícias que circulou durante o dia estava relacionada com uma eventual detenção de um elemento ligado à operação «Noite Branca», que investigou crimes relacionados com seguranças de espaços nocturnos.

Baptista Romão fez questão em desmentir esse facto. O director nacional adjunto da PJ, salientou que «não há ligação com a operação Noite Branca e que ela não foi orientada para averiguar a morte de Alberto Ferreira (conhecido por Berto Maluco)». Acrescentou que «a investigação foi levada a cabo durante vários meses e só foi desencadeada quando se mostrou oportuno e não por pressão interna ou externa», lembrando que «existe uma equipa específica para investigar» os crimes na noite do Porto.
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