Mau tempo: Câmara da Régua pede desculpa por exagero no alerta - TVI

Mau tempo: Câmara da Régua pede desculpa por exagero no alerta

Presidente diz que aviso falhou e acabou por prejudicar comerciantes e população

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O excesso de precaução levou a um pedido de desculpa. Perante os factos não ocorridos na última noite (não houve cheias), o presidente da Câmara do Peso da Régua viu-se forçado a lamentar que a população tenha sido posta em sobressalto por um erro de previsão.

A verdade é que o rio Douro não voltou a transbordar as suas margens, pelo que os esforços dos comerciantes e moradores para salvarem os seus bens acabou por ser inglório. Em declarações à TSF, Nuno Gonçalves reconheceu o erro do Centro de Previsão de Cheias, apesar do alívio por não ter havido cheias.

«Deixa-nos preocupados porque nós não temos outra forma de prever a ocorrência de cheias. Naturalmente, numa próxima situação não sabemos se podemos acreditar ou não nas previsões que nos são adiantadas», frisou, acrescentando à «SIC Notícias» que pedia desculpas à população pelo sucedido, ainda para mais em dia de feira.

Ainda assim, segundo apurou a TVI, o rio Douro chegou a galgar as margens e atingiu dois estabelecimentos comerciais. Um bar e uma loja ficaram praticamente debaixo de água, depois do caudal do rio ter subido mais de quatro metros. Mesas, cadeiras e restantes produtos foram retirados com o recurso a barcos e com a ajuda dos bombeiros. Os prejuízos não estão ainda contabilizados.

O caudal do rio Douro «está a descer», não se prevendo qualquer risco de cheia nas zonas ribeirinhas do Porto e Gaia até à próxima preia-mar, esperada para as 13:40. Segundo fonte da Capitania do Douro, citada pela agência Lusa, as barragens espanholas continuam a descarregar, mas o caudal do Douro está a descer.

Sobressaltos a sul

Mais para o centro do país, junto ao rio Rejo está já submersa a estrada nacional 365, na zona da ponte do Alviela, e espera-se que a aldeia de Reguengo do Alviela fique isolada. A Protecção Civil de Santarém desaconselha a circulação por completo.

Segundo o Centro de Operações de Socorro de Santarém (CDOS), confirmou-se apenas a submersão de parte da zona baixa de Constância, junto ao parque de estacionamento próximo do rio e na zona das margens, e ainda a submersão do Cais de Tancos.

Para as próximas horas é esperada chuva forte, por isso podem acontecer inundações em várias zonas urbanas e algumas estradas. Segundo a GNR, há vias cortadas em cinco distritos: Aveiro, Braga, Santarém, Setúbal e Faro.

No Alentejo, o concelho de Moura teve a pior inundação dos últimos doze anos. Em Sobral da Adiça várias casas ficaram completamente inundadas. Em muitos casos, a água subiu acima de um metro, no exterior e no interior de muitas casas.
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