Linha de Cascais: vigilância «é suficiente», diz CP

A CP assegura que estão disponíveis todos os meios necessários para garantir a segurança dos funcionários e passageiros que circulam em comboios da Linha de Cascais, desvalorizando os incidentes do passado fim-de-semana.

Fonte da empresa falava à agência Lusa a propósito dos desacatos que houve no fim-de-semana, num comboio na Linha de Cascais, em que um dos revisores foi agredido por um grupo de jovens, tendo sido esfaqueado num braço.

Segundo a CP-Comboios de Portugal, a linha dispõe de um dispositivo de segurança composto quer por vigilantes de empresas de segurança privada, quer por elementos policiais da Divisão de Segurança a Transportes Púbicos. Cumulativamente, dispõe ainda de sistemas de monitorização electrónica».

Sobre os desacatos associados à Linha de Cascais, a CP considera que esse é um problema de «segurança pública» e não da empresa.

Contactado pela agência Lusa, também o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, lembrou que as questões de segurança já foram discutidas com o ministro da Administração Interna.

«Estão a ser feitos esforços para ultrapassar as questões de insegurança, mas as soluções passam também por uma maior coordenação entre as entidades», disse o autarca.

Para Carlos Carreiras, os acontecimentos verificados no fim-de-semana preocupam mas não são motivo para alarme.

No domingo de manhã, um grupo de sete jovens, que vinha no sentido Lisboa-Cascais, desobedeceu ao pedido de fiscalização dos bilhetes do revisor da CP, gerando-se, a partir daí, confrontos entre o funcionário e o grupo.

«O funcionário da CP tentou impedir a fuga dos jovens e um deles esfaqueou-o num braço. Contudo, o grupo acabou por conseguir fugir na estação de Santo Amaro de Oeiras estando ainda a monte», disse fonte da PSP à Lusa, sublinhando que já foi aberto um processo-crime e já foram pedidas as imagens de videovigilância.