CTT acusa manifestantes de forçar entrada

Os CTT acusam um grupo de trabalhadores da empresa, que esta quarta-feira se manifestaram junto da empresa, de tentar forçar a entrada na estação dos Restauradores recorrendo ao «uso da violênca», mas os sindicatos negam que tal tenha acontecido, escreve a agência Lusa.

Fonte oficial dos CTT - Correios de Portugal disse à agência Lusa que o grupo de manifestantes, «visivelmente alterados e perturbados», tentou «forçar a entrada na estação dos correios dos Restauradores, furando o cordão policial».

A empresa lamenta o sucedido, adiantando que «o uso da violência não está ao lado de quem tem a razão».

Vítor Narciso, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), desmentiu a versão dos Correios, afirmando à agência Lusa que junto ao portão principal da administração dos CTT «houve o normal manifestar dos funcionários, com um excesso por parte de alguns trabalhadores».

«Essas afirmações [dos CTT] são exageradas, porque não houve intervenção policial nem ninguém foi identificado», afirmou.

Vítor Narciso disse ainda que, apesar do incidente, «controlado pelos próprios dirigentes do SNTCT», «correu tudo de forma ordeira».

A manifestação decorreu entre a estação dos CTT nos Restauradores e a residência oficial do primeiro-ministro foi marcada a par da greve dos trabalhadores dos correios decretada para esta quarta e quinta-feira.

Os CTT avançaram esta tarde com o número definitivo de funcionários que aderiu ao primeiro de dois dias de greve, contabilizado em 17,9 por cento.

JF