Greve de dois dias nos CTT - TVI

Greve de dois dias nos CTT

  • Portugal Diário
  • CR
  • 19 mar 2008, 08:53
Trabalhadores dos CTT em greve

Empresa diz que a adesão vai ser reduzida. Sindicato desmente

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Os CTT - Correios de Portugal garantem que a greve marcada para hoje e quinta-feira por cinco sindicatos não afectará o normal decorrer dos serviços, apesar de os sindicatos que convocaram a paralisação esperarem uma forte adesão, refere a Lusa.

Na passada semana, nove sindicatos (dos 14 existentes nos CTT) assinaram um novo Acordo de Empresa (AE) [documento que rege as relações entre a empresa e os seus funcionários], garantindo aos trabalhadores os seus empregos, remunerações e «os benefícios inerentes ao acesso ao Sistema de Saúde dos Correios (IOS)», refere a empresa.

O novo AE, «respeitando a vida privada e familiar dos trabalhadores», garante a progressão nas carreiras e mantém a carga horária nas 39 horas semanais, prevendo ainda que o número de dirigentes sindicais com dispensa total passe de mais de 100 para 55, «principal motivo que levou os sindicatos a convocarem esta greve», considerou fonte oficial dos CTT.

«Há um universo muito grande de trabalhadores que não irá aderir à greve», segundo a fonte oficial dos correios, o que leva a crer que «o serviço irá manter-se normal ou próximo do normal, salvo situações pontuais em algumas localidades».

CTT prepara medidas de contingência

Os CTT afirmam terem preparadas algumas medidas de contingência, de modo a assegurar a normalidade dos serviços e, principalmente, a entrega do correio considerado prioritário.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Vítor Narciso, a adesão será igual ou superior à da greve do dia 25 de Fevereiro (cerca de 72 por cento, segundo o sindicato), com a distribuição, as centrais de tratamento e as estações de correios a serem os sectores mais afectados.

Vítor Narciso explicou que o SNTCT não assinou o novo AE porque «as propostas da empresa [CTT] eram demasiado gravosas», nomeadamente a cláusula referente à caducidade dos acordos.

«Para nós [SNTCT] a negociações ainda não acabaram, apesar de a administração tê-las dado por encerradas. Esta não será a última greve se a administração não recuar», afirmou Vítor Narciso.
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