Assassinos de idoso presos

Os assassinos de um homem de 67 anos, morto de forma violenta, foram apanhados este fim-de-semana pela Polícia Judiciária. A vítima ficou sequestrada durante dois dias na casa de um dos suspeitos e acabou por ser estrangulada até à morte. Os homicidas queimaram o corpo para ocultar o crime e acabaram por provocar um incêndio, em Manteigadas, Setúbal.

O móbil do crime foi, segundo as primeiras investigações da Judiciária, o roubo. Os dois assaltantes, com 26 e 18 anos, conseguiram que a vitima confessasse os códigos dos cartões de débito e efectuaram vários levantamentos no Multibanco. Realizaram compras e levaram também 800 euros em dinheiros e objectos em ouro.

«Um dos suspeitos tem antecedentes criminais relacionados com o tráfico e consumo de droga», explicou ao PortugalDiário fonte da PJ de Setúbal.

O homem de 67 anos terá sido uma vítima fortuita. «Houve um encontro casual dois dias antes dos factos em que o houve uma conversa normal e que levou a que a vitima fosse a casa de um dos suspeitos», explica a mesma fonte.

A ida a casa do suspeito, na zona de Loures, terá ocorrido a 7 de Julho. Uma vez dentro da residência a vítima já não saiu de lá com vida. O idoso foi agredido e por fim morto. «Os indícios deixados e a possível identificação, por parte da vítima, terá levado os suspeitos a cometer os crimes mais violentos no intuito de ocultar os actos praticados», explicou.

Para isso, os criminosos não olharam a meios. Levaram o corpo para uma zona de construção e arvoredo em Manteigadas, em Setúbal, e uma vez lá regaram o corpo com gasolina e atearam fogo. O alerta foi dado pela uma da manhã do dia 10 de Julho por populares que chamaram os bombeiros devido ao incêndio.

Só depois do fogo extinto se encontrou o corpo já carbonizado. Começou depois o trabalho da PJ que começou por identificar a vítima. Depois, de várias diligências a PJ conseguiu chegar aos suspeitos e nas buscas efectuadas à residência em causa foram encontrados vestígios da vítima.

Os suspeitos tentaram ainda vender o carro, usado para o transporte do corpo, com documentos falsos. Os dois indivíduos já foram presentes a tribunal e ficaram em prisão preventiva.