Tráfico de pessoas substitui droga - TVI

Tráfico de pessoas substitui droga

  • Portugal Diário
  • 9 dez 2007, 10:05
Ministro da Administração Interna, Rui Pereira. (Lusa/Tiago Petinga - arquivo)

Governo garante que criminalidade não está a aumentar em Portugal

Relacionados
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, admite que o tráfico de pessoas está a substituir o da droga, embora garanta que a criminalidade em geral não está a aumentar em Portugal.



Numa entrevista concedida ao Diário de Notícias e à TSF, Rui Pereira adianta que com o surgimento de um novo fenómeno - tráfico de pessoas - tem de se dar uma resposta internacional.



«Nos últimos 30 anos, em Portugal, enfrentámos uma criminalidade que se desenvolveu muito à custa do fenómeno do tráfico de droga, que era incipiente na década de 70 e desenvolveu-se, levando a que surgisse uma criminalidade organizada, relacionada com os traficantes, mas também uma pequena criminalidade de massa relacionada com um número elevado de pessoas com problemas aditivos (...)», explicou.



Segundo o ministro da Administração Interna, o tráfico de pessoas está agora a ocupar o espaço de delinquência que antes era exclusivo de tráfico de droga.



Para Rui Pereira, o desenvolvimento do fenómeno do tráfico de pessoas prende-se com o facto de «haver mercados de recrutamento muito vastos depois da queda do muro de Berlim».



O ministro da Administração Interna defendeu ainda que para fazer frente a este tipo de criminalidade é preciso haver cooperação internacional.



Questionado se a polícia portuguesa precisa de mais meios técnicos e equipamento, Rui Pereira adiantou que «é sempre necessário haver mais meios».



«Vão ter esses meios. Recordo que foi aprovada uma lei de programação das forças de segurança, um instrumento da maior importância porque pela primeira vez permite uma visão articulada das necessidades da PSP e da GNR, abrangendo um universo de cerca de 50 mil agentes e militares», disse.



«Essa lei implica um reforço de investimento muito significativo, que no ano que vem já implicará uma subida de 70 por cento em relação às necessidades das forças de segurança (...)», referiu.
Continue a ler esta notícia

Relacionados