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Algarve: autarcas preocupados com as falésias

Presidentes das câmaras de Portimão e Lagos deram instruções aos serviços para estarem atentos a situações de risco

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Os presidentes das câmaras de Portimão e Lagos deram instruções aos respectivos serviços para estarem atentos a situações de risco nas arribas dos concelhos e apelam às pessoas para que se afastem destas formações geológicas.

Manuel da Luz, presidente da câmara de Portimão, disse à Agência Lusa que «foram dadas instruções à protecção civil e ao departamento de Ambiente da autarquia para que possam fornecer nos próximos dias uma informação sobre pontos críticos nas falésias».

Um dia depois de um desmoronamento de uma arriba na praia Maria Luísa, em Albufeira, ter provocado cinco mortos e três feridos, o autarca portimonense precisou que as instruções foram dadas sobretudo para "a zona que vai desde a praia da Rocha à praia dos Três Irmãos, nas freguesias de Portimão e Alvor".

Manuel da Luz confirmou também que «é um facto que as placas de aviso de zonas perigosas desaparecem» e considerou que «deviam haver recomendações muito fortes no sentido de as pessoas se afastarem das falésias». «As falésias são formadas por material poroso e são muito sensíveis à chuva, à humidade e a outros factores naturais. E demos indicações aos nossos serviços nesse sentido», explicou.

Manuel da Luz adiantou também que «houve uma intervenção recente, depois de muita insistência junto da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve, entre a praia da Rocha e a praia do Vau, na crista da falésia, que estava fragilizada devido às chuvas e onde havia risco».

Autarquia verifica se avisos foram arrancados

Júlio Barroso, presidente da câmara de Lagos, garantiu que a autarquia está «consciente deste problema já há muitos anos e atenta ao que se passa» e considerou que os utentes das praias devem ter o cuidado de não se colocarem em zonas de perigo junto às falésias e arribas.

«Uma tragédia como esta põe os cidadãos de sobreaviso para as consequências do desrespeito dos avisos que estão colocados em zonas de risco. Um acidente deste tipo incomoda-nos, mas é uma matéria que ultrapassa as câmaras e contamos com a responsabilidade dos utentes das praias para evitarem as zonas de perigo», afirmou o autarca lacobrigense.

Júlio Barros sublinhou que «a Câmara, a ARH, a Autoridade Marítima fazem avisos e se as pessoas não cumprem não há volta a dar».

«Com toda a infelicidade, que lamentamos, temos de procurar alertar as pessoas para este tipo de situações. Em Lagos temos programas de intervenção nas praias e pedi aos serviços de protecção civil para estarem vigilantes, passarem pelas praias e alertarem as pessoas para se afastarem dos locais de risco e sensibilizarem também os concessionários para estarem mais atentos», adiantou.

O autarca deu ainda instruções para os serviços «verem se os sinais de aviso de perigo estão ou não nos locais, porque alguns são arrancados».
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