Caso Féteira: TVI revela carta rogatória - TVI

Caso Féteira: TVI revela carta rogatória

As autoridades não têm dúvidas de que Rosalina foi atraída a Maricá para ser morta

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A TVI teve acesso às 33 páginas onde a polícia brasileira escreveu as 193 perguntas que queria que Duarte Lima respondesse. No documento, a polícia explica por que quer ouvir o ex-deputado. Os advogados já reagiram.

«Domingos Duarte Lima fornece dados que fogem à lógica e não se encaixam», lê-se no documento. A carta rogatória diz ainda que «há também fortes indícios de que Duarte Lima poderia estar a lavar (branquear) valores sacados pela vítima, no montante de cerca de aproximadamente seis milhões de euros, de contas correntes do falecido Lúcio Tomé Feteira, e que teriam sido posteriormente transferidas para contas de Domingos Duarte Lima».

As autoridades não têm dúvidas de que Rosalina foi atraída a Maricá para ser morta. Duarte Lima garante que deixou a cliente com uma senhora de nome Gisele que ninguém conhece.

Certos de que apenas o advogado português pode esclarecer as dúvidas quanto ao encontro com a cliente, a 7 de Dezembro de 2009, a polícia não deixa de perguntar;

«Existe interesse da sua parte em que o homicídio de Rosalina seja esclarecido?»

Segue-se um rol de perguntas sobre pormenores das três deslocações do advogado ao Brasil, entre Setembro e Dezembro de 2009, desde o aeroporto de chegada ao hotel em que ficou instalado, passando pelas pessoas com quem contactou e pelo telemóvel utilizado.

A contradição entre os depoimentos de testemunhas e as declarações informais do advogado português também são exploradas.

«Duarte Lima afirma informalmente que esteve na companhia da senhora Rosalina e que o encontro foi pedido e marcado por ela. Amigas e amigos da vítima afirmam o contrário, que teria sido Domingos Duarte Lima a pedir o encontro com a sua cliente».

«Teria alguma explicação para o facto da senhora informar as pessoas próximas que iria ao encontro não do senhor, mas de outra pessoa a seu mando?»

Duarte Lima é ainda questionado sobre se conhece três homens, três nomes, respectivamente um antigo empregado do ex-deputado com uma irmã de nome Gisele, um funcionário de um banco na Suíça com quem Rosalina contactou semanas antes da morte e finalmente um sócio de Duarte Lima, que estaria a par dos negócios do advogado português.

Contactado pela TVI, o advogado de Duarte Lima informa que o colega brasileiro vai consultar esta quinta-feira o inquérito à morte de Rosalina Ribeiro. Depois disso o ex-deputado estará disponível para prestar declarações às autoridades brasileiras.

Veja aqui o documento:

cartarogatoria
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