Escolas: «Descentralizar e responsabilizar» - TVI

Escolas: «Descentralizar e responsabilizar»

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Ex-ministro da Educação, David Justino, defende análises e auditorias às escolas, para encontrar «melhores» caminhos

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O ex-ministro da Educação David Justino defendeu esta quinta-feira a realização de análises e auditorias às escolas, no quadro dos processos de descentralização em curso dos sistemas educativos, escreve a Lusa.

«Cada vez mais a tendência [na Educação] é descentralização e responsabilização», admitiu o ex-ministro e actual director do CESNOVA - Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, durante a cerimónia de assinatura de um protocolo em Loulé, Algarve, para a criação de uma «Rede de Escolas de Excelência».

Loulé, Batalha, Castelo Branco, Constância e Oeiras são os cinco municípios portugueses fundadores da «Rede de Escolas de Excelência», cujo objectivo é criar uma rede cooperativa entre as várias escolas de diferentes regiões do país, visando a «troca e a avaliação de experiências, soluções e modelos de desenvolvimento educativo», pode ler-se no protocolo.

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Os municípios foram seleccionados em função das suas «características económicas e sociais e da diversidade de contextos educativos que encerram» e que «revelassem maior potencial de desenvolvimento educativo», indica o preâmbulo do protocolo.

«Nós vamos tentar encontrar os melhores caminhos. Não vamos ensinar às escolas como se ensina, mas sabemos fazer análise e julgo que a nossa capacidade de fazer auditorias pode ser importante», afirmou David Justino, defendendo que o espírito da Rede de Escolas de Excelência é o da união de esforços.

«Unidos podemos ter mais vantagens», referiu o ex-ministro da Educação, mencionando que as escolas não se podem isolar, que devem, fundamentar-se noutras experiências antes de tomarem opções e que mais cedo ou mais tarde vão ter de fazer marketing.

Em declarações à Lusa, uma professora da Escola Secundária Laura Ayres, Loulé, disse que o projecto ia beneficiar ambas as partes envolvidas [escolas e autarquias], por se ir trabalhar com base em dados concretos.

«Vamos ter uma percepção do que se passa a nível nacional. Eu quero saber o que se passa noutras zonas do país e não apenas centrar-me na escola onde trabalho», admitiu Manuela Amorim.

A Rede de Escolas de Excelência nasceu da iniciativa de um grupo de investigadores do CESNOVA que entendem ser nas escolas e nas comunidades locais que reside o maior potencial de qualificação e de mudança social.
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