FENPROF leva «preocupações» a Cavaco - TVI

FENPROF leva «preocupações» a Cavaco

  • Portugal Diário
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  • 17 mar 2008, 14:15
Protesto silencioso de professores no Porto (foto: Pedro Jorge sa Cunha)

Mário Nogueira diz que não vai pedir a intervenção do Presidente

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O presidente da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, afirmou que não vai pedir a intervenção do Presidente no conflito com o Governo sobre a avaliação, mas sim alertar para a irresponsabilidade do processo, refere a Lusa.

«Não queremos exigir, não vamos dizer que o senhor Presidente deve ter um papel neste processo. Vamos fundamentalmente levar as nossas preocupações porque tememos que seja colocado em causa o funcionamento normal do ano lectivo», afirmou Mário Nogueira, no final de uma audiência com os deputados Francisco Louçã e Ana Drago, hoje, em Lisboa.

Uma delegação da Plataforma Sindical dos Professores, a que a FENPROF pertence, é recebida hoje à tarde na Presidência da República pela assessora de Cavaco Silva para questões educativas, Suzana Toscano.

Para Mário Nogueira, avançar agora, no terceiro período, com o processo de avaliação «pode pôr em causa o ano lectivo» e pode lançar «a balbúrdia» nas escolas.

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O dirigente sindical da FENPROF disse temer que avançar agora com o polémico processo de avaliação - uma das causas da manifestação de 08 de Março, em Lisboa, que juntou cerca de 100 mil pessoas - ponha «em causa o ano lectivo».

Mário Nogueira afirmou que o Ministério da Educação não propôs qualquer método simplificado de avaliação dos professores.

«O Ministério da Educação quer levar em frente, a todo o custo, este processo de avaliação, mesmo que, em alguns casos, tenha que simplificar procedimentos», explicou.

«Nunca nos foi dito que a avaliação no terceiro período, este ano lectivo, seria através de um processo simplificado, o que seria a balbúrdia completa instalada no sistema», acrescentou.

A suspensão do processo de avaliação pelo executivo, segundo Mário Nogueira, não seria «dar o braço a torcer, não era dar um passo atrás».

«Uma suspensão seria apenas ser responsável perante os professores e os alunos», concluiu.
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