Linha Saúde 24: denúncias sem fundamento, diz DGS - TVI

Linha Saúde 24: denúncias sem fundamento, diz DGS

Director-geral de Saúde, Francisco George

Francisco George diz que não existem situações que determinem «um prejuízo ou penalização para o utente»

Uma investigação da Direcção-Geral da Saúde (DGS) às denúncias feitas por enfermeiros supervisores da Linha Saúde 24 revelou que não existem situações que determinem «um mau desempenho da actividade e muito menos um prejuízo ou penalização para o utente».

O relatório, que foi divulgado pelo director-geral da Saúde, Francisco George, na comissão parlamentar da Saúde ¿ surgiu no seguimento de um abaixo-assinado de oito enfermeiros supervisores onde faziam denúncias sobre o serviço.

A investigação fez a análise dos factos descritos no documento e inquiriu aleatoriamente por escrito 27 enfermeiros, num processo voluntário e confidencial, nos centros de atendimento de Lisboa e Porto.

«Os problemas invocados no abaixo-assinado não têm justificação ou fundamento, reconhecendo a possibilidade de alguns problemas pontuais de natureza técnica, uns já resolvidos e outros em avaliação, mas nada que ponha em causa o bom e regular funcionamento da Linha Saúde 24», refere o relatório da DGS.

Maior adesão ao serviço

Pelo contrário, segundo o documento, os números e outros indicadores permitem inferir que a adesão ao serviço é cada vez maior.

Na audição parlamentar, Francisco George afirmou que a Linha Saúde 24 é «fiscalizada, vigiada e monitorizada» pela DGS/Unidade de Apoio ao Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde.

Segundo o responsável, 2,5 por cento das mais de 800 mil chamadas que foram feitas para a linha telefónica Saúde 24 desde o seu arranque em 2007 foram ouvidas aleatoriamente pela unidade de acompanhamento do serviço, além de outras medidas de fiscalização.

«Estamos perante uma linha que funciona bem, que os portugueses necessitam, mas que está fragilizada por questões internas» de carácter laboral, afirmou Francisco George, quando questionado pelos deputados sobre a qualidade do serviço.

Adiantou ainda que o desempenho do operador privado (LCS) tem vindo a melhorar, revelando que no primeiro semestre a empresa gestora da linha teve 960 pontos de penalização e no segundo semestre 720.

Segundo a DGS, a procura média das chamadas diárias tem sofrido um «aumento significativo», passando de cerca de 1.000 chamadas/dia para 1.500 desde Setembro.

«Hoje estamos com cerca de 2.200/chamadas dias», acrescentou o director-geral de Saúde.

Até 31 de Dezembro do ano passado, em 24,67 por cento das chamadas foram aconselhados auto-cuidados; 20,70 por cento foram encaminhadas para consultas nas 12 horas seguintes; 16,06 por cento para urgências hospitalares; 12,70 por cento para consultas até três dias; 8,46 por cento para cuidados médicos nas quatro horas seguintes.

Perto de seis por cento das chamadas foram encaminhadas para o médico de família, 5,40 por cento para uma consulta de rotina, 3,31 por cento para o INEM e 2,14 por cento para o Centro de Informação Anti-Veneno (CIAV).
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