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Diabetes: solteiros são mais desleixados

Cuidados de saúde

Revela o estudo «A Diabetes em Portugal e no Mundo», divulgado esta terça-feira

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Os solteiros têm um risco cinco vezes superior ao dos casados de controlarem mal a diabetes, indica um estudo hoje apresentado que relaciona o estado civil e o controlo da glicemia nos pacientes com diabetes tipo-1, escreve a Lusa.

Estas são as conclusões do estudo «A Diabetes em Portugal e no Mundo», divulgado esta terça-feira em Lisboa no âmbito das comemorações do 82º aniversário da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

A investigação, que integra conclusões de um trabalho da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a APDP, analisou pessoas com idades compreendidas entre 18 e 43 anos e veio demonstrar que existe uma correlação entre o estado civil da pessoa e o controlo da glicémia nos pacientes com diabetes tipo-1.

Entre as razões apontadas para este fenómeno, o coordenador do Programa Macional de Prevenção e Controlo da Diabetes, José Manuel Boavida, explicou à Agência Lusa que o apoio do cônjuge se revela fundamental no controlo da doença, reforçando a importância do acompanhamento social na prevenção da diabetes tipo-1, a par da vigilância médica.

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Outra conclusão do estudo é a de que as pessoas que há mais anos têm diabetes também «se compensam pior».

«Isto indica um certo agastamento das pessoas com o passar dos anos. As pessoas ficam mais desleixadas e acreditam que a diabetes não faz mal», observou José Manuel Boavida.

O estudo aponta ainda para o facto de as personalidades «mais positivas, enérgicas e criativas» tratarem-se melhor da doença, em contraposição com as pessoas que apresentam personalidades «mais fracas ou deprimidas».

Falando no encerramento das comemorações, a ministra da Saúde, Ana Jorge, sublinhou que a diabetes é uma doença «multifactorial e multisistémica» que precisa de «atendimento integrado e compreensivo» por profissionais de diversas áreas.

A governante lembrou que a doença é cada vez mais comum em crianças, o que se deve em especial à obesidade infantil.

Ana Jorge sublinhou ainda a importância de «interligar melhor o Programa Nacional de Diabetes com o Programa Nacional de Saúde» e mostrou-se disponível para «ultimar questões em aberto» com a APDP.
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