Milhares de funcionários públicos em protesto - TVI

Milhares de funcionários públicos em protesto

Contestavam a manutenção dos cortes salariais, o aumento do horário de trabalho e a privatização de serviços do Estado

Notícia atualizada às 20:36

Alguns milhares de trabalhadores da Administração Pública desfilaram rumo à Assembleia da República, em Lisboa, em protesto contra as políticas aplicadas ao setor e a exigir a demissão do Governo.

No dia em que a maioria aprovou, na generalidade, a proposta do Orçamento do Estado para 2015, os funcionários públicos saíram à rua para contestar a manutenção dos cortes salariais, o aumento do horário de trabalho e a privatização de serviços do Estado.

«Passos ladrão, 35 horas sim, 40 horas não», «Não e não ao roubo nos salários» e «Só a demissão é solução» eram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes para ilustrar os motivos desta ação de luta, convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, filiada na CGTP.

À cabeça da manifestação seguiam a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, e o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

O secretário-geral da CGTP considerou que os trabalhadores da Administração Pública deram uma resposta adequada à aprovação do OE2015.

«Foi uma resposta de grande dimensão, de quem está insatisfeito e indignado com as politicas de empobrecimento que tem tido aplicadas e que estão prevista neste Orçamento do Estado. O que se passou hoje foi um exemplo inequívoco de que há um grande descontentamento e indignação por parte dos trabalhadores, que exigem respeito pelo seu trabalho, a valorização das sua funções e a melhoria dos serviços públicos. Este OE é uma ruina para o país e para os trabalhadores»


Arménio Carlos falava aos jornalistas no final de uma manifestação que juntou em Lisboa vários milhares de trabalhadores da Administração Pública, vindos de todos os país, para contestar as politicas do Governo.

O líder da Intersindical lembrou que a luta da CGTP vai continuar no dia 13 de novembro, com ações de protesto nos locais de trabalho, e entre 21 e 25 de novembro com manifestações por todo o país.

«Para culminar, temos uma concentração dos trabalhadores dos distritos de Lisboa e Setúbal, aqui junto à Assembleia da República, enquanto a maioria parlamentar estará lá dentro a aprovar o OE nós estaremos aqui a contestá-lo», concluiu.

A manifestação nacional da função pública, que partiu do Marquês de Pombal pelas 15:30 rumo à Assembleia da República, contou com a participação de trabalhadores da administração local e central de todo o país.

A Frente Comum emitiu o habitual pré-aviso de greve para dar cobertura legal aos trabalhadores que se deslocaram a Lisboa para participarem no protesto.
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