Há mais bebés doentes - TVI

Há mais bebés doentes

Bebé (Arquivo)

Ano começou com aumento de casos de bebés com insuficiências respiratórias. Usar máscaras e lavar as mãos são cuidados básicos. Centros comerciais são de evitar

Nos primeiros dois meses do ano o hospital Amadora-Sintra registou um aumento de episódios de urgências e internamentos de bebés, com menos de um mês, e com insuficiência respiratória. Ao todo as urgências pediátricas terão atendido mais de 12 mil bebés. Cerca de dois terços com problemas respiratórios. A directora da urgência do hospital explicou ao PortugalDiário o porquê do aumento.

Uma simples constipação pode ser fatal para um bebé de tenra idade. A falta de cuidados no contacto entre adultos e crianças é determinante para o aumento destes casos. «Um bebé ao apanhar um vírus pode desenvolver com facilidade uma bronquiolite. A prevenção é fundamental para evitar a contaminação dos mais novos», explicou Maria do Céu Machado, directora da urgência de pediatria do hospital Amadora-Sintra.

«Ao levar as crianças muito pequenas para os centros comerciais ou para locais com muita gente, os pais estão a potenciar as probabilidades de a criança ficar infectada. O mesmo acontece quando os bebés têm apenas cólicas, por exemplo, e vêm para as urgências dos hospitais. É certo que saem de cá infectados», advertiu a médica responsável.

As infecções podem também ser transmitidas mesmo que o bebé não saia de casa. «Se a mãe estiver simplesmente constipada deve ter cuidados acrescidos. Por exemplo, deve amamentar, mas ao mesmo tempo colocar uma máscara sobre o rosto para evitar a contaminação», explicou Maria do Céu Machado que salientou: «Os irmãos que podem ser pouco mais velhos também transmitem o vírus. Por vezes, pelos brinquedos».

A protecção de todos os que trabalham com crianças é fundamental para evitar os surtos. «Os profissionais que lidam com crianças quer sejam de saúde ou de educação devem ser vacinados contra a gripe, usar máscaras e lavar sempre as mãos. Nos colégios as crianças que estejam doentes não devem ser admitidas. No entanto, quando são, as educadoras deveriam usar máscaras para evitar a contaminação das outras crianças», precisou.

Durante os dois primeiros meses de 2006, 70 a 80 por cento dos internamentos pediátricos tiveram origem em casos de bebés com bronquiolites e de crianças com pneumonia. «As febres estiveram muito altas e só baixavam com dificuldade. Tivemos também muitas otites. Cerca de 25 por cento das crianças com gripe apresentaram quadros de otites», explicou a responsável.
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