ACTUALIZADA ÀS 20h45
A subdirectora-geral da Saúde afirmou, esta sexta-feira, que a vacinação contra a gripe A na Suécia abrange neste momento pessoas «muito doentes», pelo que a morte de um doente após ser vacinado pode não estar associada ao medicamento.
Em declarações à Lusa, Graça Freitas disse que ainda não teve acesso aos dados da farmaco-vigilância, mas que «tudo indica que seja uma associação temporal entre a administração da vacina e a morte», tendo em conta que se tratava de uma «pessoa muito doente».
Homem morreu 12 horas depois de ser vacinado
Escusando-se a fazer grandes comentários ao caso, uma vez que aguarda informações da autoridade nacional do medicamento (Infarmed), Graça Freitas adiantou que «na Suécia o grupo que está a ser vacinado neste momento é um grupo de pessoas muito doentes».
«Infelizmente, a vacina não protege contra a morte. Nas pessoas que estão muito doentes, pode acontecer apenas uma associação temporal», disse.
A subdirectora-geral da Saúde disse ainda que «não há qualquer evidência científica sobre os possíveis efeitos negativos» da vacina contra a gripe A. Mas «já há alguma evidência científica sobre a segurança da vacina».
Graça Freitas disse ainda que a vacina da gripe sazonal não está esgotada e que continua no circuito das farmácias. «Quem tiver indicação e receita do médico para se vacinar pode dirigir-se às farmácias porque ainda há vacinas no circuito comercial. Temporariamente uma determinada farmácia pode não ter vacinas, mas é uma questão de esperar dois ou três dias», adiantou.
Ordem dos Enfermeiros também «apoia» a vacina
A Ordem dos Enfermeiros destacou os «benefícios» da vacinação contra a gripe A, afirmando que não há provas científicas de que a vacina tenha mais riscos que benefícios.
«Até ao momento, não há evidência científica de contra indicações susceptíveis de abalar os benefícios que a vacinação contra a gripe A proporciona», frisa a Ordem dos Enfermeiros, que afirma acreditar que os seus membros saberão «decidir responsavelmente» se querem ou não ser vacinados.
Num comunicado emitido ao fim da tarde, a Ordem garante que as vacinas que estão no mercado «foram objecto de um rigoroso processo de controlo de qualidade e aprovadas pelas entidades reguladoras competentes», nacionais e internacionais.
Ressalvando que a decisão de ser ou não vacinado «é do foro individual», a Ordem frisa que os «benefícios da vacinação» podem ser «decisivos para a eficácia e eficiência do processo de prestação de cuidados, em caso de pandemia» da gripe A.
Gripe A: «A vacina não protege contra a morte»
- Redação
- CP
- 23 out 2009, 20:13
Subdirectora-geral da Saúde comenta caso sueco de homem que morreu 12 horas depois de ser vacinado
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