Homicida de Ermelo continua a monte - TVI

Homicida de Ermelo continua a monte

Homicídio nas eleições

Continua a «caça ao homem» no distrito de Vila Real

Relacionados
O candidato do PS à junta de freguesia de Ermelo, que assassinou o marido da adversária política, continua a monte, diz a Lusa.

Segundo o tenente da GNR Eduardo Lima, o suspeito, António Cunha, dirigiu-se às 07h10 à mesa de voto de Fervença e «disparou um tiro de caçadeira que atingiu mortalmente a vítima na cabeça».

A vítima, Maximino Clemente, tinha 57 anos e era marido da presidente da Junta de Ermelo, Glória Nunes (PSD), integrando também a lista social-democrata à Assembleia Municipal de Mondim de Basto.

Eduardo Lima referiu que o carro e a arma do suspeito foram encontrados junto ao mercado de Peso da Régua, sendo que a GNR recuperou mais duas balas de pistola caídas numa rua da aldeia, não se sabendo se estão relacionadas com o caso.

Ainda de acordo com o responsável, «o efectivo da GNR já estava reforçado em Mondim de Basto porque nas últimas semanas foram apresentadas queixas por parte de ambos os partidos», PS e PSD.

Acrescentou que, quando ocorreram os factos, uma patrulha da GNR já se estava a deslocar para o local para verificar a normal abertura da mesa de voto.

António Cunha, que este ano escolheu como slogan da candidatura «Ermelo não pode ter medo», foi presidente daquela autarquia eleito pelo CDS-PP, tendo saído do cargo há alguns anos, enquanto Glória Nunes foi eleita pela primeira vez há quatro anos.

Glória Nunes e António Cunha estão envolvidos em histórias de acusações mútuas por causa de alegadas irregularidades relacionadas os bens da junta e comissão directiva dos baldios de Ermelo e, aliás, ainda correm vários processos em tribunal por causa dessas questões.

Eduardo Gonçalves, amigo da vítima, referiu que a campanha eleitoral foi «cheia de ameaças e insultos». «Há cerca de 15 dias eu e a minha família fomos ameaçados por um elemento da lista do PS. Disse-nos mesmo que nos matava a todos», afirmou.

Armindo Henrique, genro da vítima, também falou em «tentativa de atemorizar as pessoas» a acusou a direcção do PS de Mondim de Basto de ter «a sua responsabilidade» nos acontecimentos, porque escolheu para candidato uma «pessoa muito controversa».
Continue a ler esta notícia

Relacionados