Bombeiros não conseguiram salvar menina de 5 anos

A menina que morreu esta quinta-feira num incêndio no interior de uma casa térrea nos arredores de Faro encontrava-se no seu quarto, no sótão da casa, ao qual era difícil aceder por ter uma escada improvisada, disse fonte dos bombeiros à Lusa.

De acordo com o comandante Vaz Pinto, coordenador dos Bombeiros e Protecção Civil do Algarve, o primeiro veículo de socorro chegou ao local quatro minutos depois de ter sido dado o alarme, às 15:39, mas já não foi possível salvar a criança, de cinco anos de idade.

O incêndio, de causas ainda desconhecidas, ocorreu num armazém transformado em casa de habitação, onde residia a família, de seis elementos.

De acordo com populares, a mãe da criança ainda conseguiu salvar a sua outra filha e ajudou a que os restantes membros da família se pusessem a salvo, mas já não conseguiu salvar a menina, que morreu por asfixia.

«Quando chegámos havia chamas e a primeira coisa que fizemos foi ver se havia ainda alguém ainda lá dentro», garantiu o coordenador dos bombeiros.

A habitação, com muita madeira no seu interior, ficou praticamente destruída.

Além da mãe da menina, de 31 anos, residiam na casa o seu pai, de 30, - que não se encontrava no local na altura e que, quando chegou, uma hora depois, teve que ser transportado ao hospital em estado de choque -, a irmã, de 3 anos, a avó, de 53, e o avô, de 80.

À excepção da criança de três anos, todos eles tiveram que ser transportados ao Hospital de Faro devido ao seu estado emocional ou a pequenas escoriações.

O presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, disse aos jornalistas que a família está a ser acompanhada no hospital por um psicólogo e a acção social da câmara fez um levantamento das necessidades de alojamento da família, que não se verificam, já que nos próximos dias pernoitarão em casa de familiares.

O incêndio foi combatido por 50 homens e 25 veículos dos bombeiros voluntários e municipais de Faro. No local esteve uma brigada da Polícia Judiciária, que irá agora investigar as causas do desastre.