Lisboa: prédio incendiado era herança - TVI

Lisboa: prédio incendiado era herança

Prédios Devolutos em Lisboa

Associação Lisbonense de Proprietários culpa as baixas rendas dos alugueres

O número 21 da Avenida da Liberdade, Lisboa, afectado domingo à noite por um incêndio, é um de vários edifícios propriedade da Junta de Freguesia de Galveias (Portalegre), doados em heranças, explicou à Lusa o autarca.

O presidente da Junta de Freguesia de Galveias, António Augusto Delgadinho, referiu que o prédio em causa é ocupado por vários moradores, a maioria idosos.

Na sequência do fogo, alguns dos moradores foram alojados em pensões.

«Ardeu o quinto andar todo do nosso prédio», relatou o autarca.

No mesmo prédio, totalmente propriedade da autarquia, estão instalados dois estabelecimentos comerciais.

O incêndio, segundo o autarca, deflagrou no prédio contíguo, com o número 23, que estava devoluto e ficou destruído.

A Junta de Freguesia de Galveias, no concelho de Ponte de Sor, distrito de Portalegre, é proprietária de outros prédios em Lisboa, em resultado de heranças.



Lisboa: proprietários querem apoios para prédios devolutos

A Associação Lisbonense de Proprietários defendeu esta segunda-feira que o Estado deve conceder apoios financeiros aos donos dos prédios devolutos para a realização de obras e posterior arrendamento das habitação.

«O fundo da questão dos problemas dos edifícios devolutos é o estado do arrendamento em Portugal. Está em curso um plano estratégico para a habitação e reabilitação, que propõe mais arrendamento, mas ainda está em termos muito gerais», considerou Monteiro de Barros, responsável da Associação, a propósito do prédio devoluto que ardeu domingo à noite na Avenida da Liberdade.

«São necessárias medidas legislativas e fiscais para inverter a situação. Os arrendamentos foram congelados há quase 100 anos e a partir daí tem-se assistido a uma permanente desvalorização dos valores das tendas. Transformou-se a propriedade numa assistência social privada ao locatário», acrescentou.

Monteiro de Barros concorda com o Plano Estratégico da Habitação, recentemente apresentado pelo Governo e que visa promover o arrendamento, mas alerta que é necessário o EStado dar apoio aos proprietários para realizarem obras nos edifícios devolutos e nos que estão em mau estado de conservação.

«Os proprietários também são idosos como os edifícios e os bancos não conferem empréstimos», concluiu.

O edifício que domingo ardeu completamente na zona dos Restauradores estava devoluto e pertencia a uma sociedade imobiliária espanhola.
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