Madeira: apoios a fundo perdido para floresta ardida

O Governo Regional da Madeira decidiu esta segunda-feira apoiar a fundo perdido as entidades públicas e privadas que tenham áreas florestais afetadas pelos incêndios e que pretendam repor as zonas destruídas, noticia a agência Lusa.

Uma nota da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Humanos refere que a tutela vai «estender à área florestal as medidas já decretadas na área agrícola, pelo que as entidades, públicas e privadas, que tenham tido prejuízos na área florestal, também beneficiam de apoio financeiro a fundo perdido de 100 por cento do montante que venham a investir para repor as áreas ardidas».

Além disso, «os proprietários de animais das zonas afetadas beneficiam da isenção total das taxas de abate no Centro de Abate da Madeira até 31 de agosto de 2012».

Vários fogos florestais deflagraram nos últimos dias em diversos concelhos da Madeira, tendo sido detetados como pontos mais críticos os focos que surgiram no Funchal, Santa Cruz, Calheta, Ribeira Brava e Porto Moniz.

Logo após alguns fogos, o Governo Regional havia anunciado ajudas financeiras de 95 por cento, também a fundo perdido, para reposição das produções agrícolas destruídas pelos fogos e apoio em palha para alimentação do gado que se alimentava nas zonas afetadas.

Dezenas de casas, viaturas e palheiros total ou parcialmente destruídos, centenas de pessoas retiradas de casa, produções agrícolas e animais afetados pelo fogo e uma vasta área florestal consumida pelas chamas são as principais consequências destes incêndios, existindo em relação a alguns suspeita de origem criminosa.

O responsável do Serviço de Proteção Civil da Madeira, Luis Neri, disse hoje de manhã que existem ainda «alguns focos controlados, mas a situação tende para a normalidade».