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Ciência: Mónica Dias recebe bolsa

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Investigadora vai ficar em Portugal com a sua equipa de investigação

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A investigadora portuguesa Mónica Bettencourt Dias vai receber uma bolsa anual de 50 mil euros durante três a cinco anos para estabelecer em Portugal a sua equipa de investigação, atribuída pela European Molecular Biology Organization (EMBO), escreve a Lusa.

A bolsa, atribuída por uma das mais conceituadas associações europeias de biologia molecular, pretende contribuir para a fixação da equipa da investigadora no Laboratório de Regulação do Ciclo Celular do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, que também apoia financeiramente o projecto, juntamente com a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Mónica Bettencourt Dias é licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e regressou em 2006 de Inglaterra, onde foi durante nove anos investigadora na Universidade de Cambridge.

A EMBO contemplou ainda Gergely Szakacs, que deixa os EUA para fixar o seu laboratório na Academia das Ciências húngara, em Budapeste, onde continuará a investigar a resistência do cancro a medicamentos.

Os dois jovens cientistas juntam-se aos nove contemplados anunciados em Novembro de 2007, revela ainda uma nota da EMBO.

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Além de Mónica Bettencourt Dias foi distinguido o português Henrique Veiga Fernandes, que trocou o National Institute of Medical Research, de Londres, pelo Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, onde estuda o desenvolvimento dos linfócitos.

Estas bolsas atribuídas anualmente desde 2006 pela EMBO pretendem ajudar cientistas da Croácia, República Checa, Estónia, Hungria, Polónia, Portugal e Turquia a fixarem os seus grupos de investigação dentro da comunidade científica europeia, através da comparticipação de 50 mil euros anuais durante três a cinco anos, com o objectivo de reforçar a prática da ciência e a competitividade destes países na ciência europeia.

Os contemplados são escolhidos «pelo elevado standard da sua investigação» por um comité constituído por membros da EMBO.

Além da bolsa, os contemplados são integrados na rede EMBO Young Investigation, com oportunidades de ligação a outros jovens investigadores, e acesso a programas de desenvolvimento de carreira.

Segundo dados da EMBO, do total de onze premiados em 2007, três estabelecerão grupos de investigação na Hungria, dois em Portugal, dois na República Checa, dois na Turquia, um na Croácia e um na Polónia.

Cinco cientistas deixam cargos que desempenhavam nos EUA, três no Reino Unido, dois na Suíça e um na Suécia. Em Novembro próximo serão anunciados os contemplados de 2008.
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