Crise dos combustíveis chega à Força Aérea - TVI

Crise dos combustíveis chega à Força Aérea

Força Aérea

É «preciso mais dinheiro para pôr mais aviões no ar», disse o General Luís Araújo

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O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea disse esta quarta-feira que o ramo que dirige «só tem dois problemas» que estão ligados à retenção dos pilotos e à necessidade de mais dinheiro para pagar os custos adicionais com combustíveis, noticia a Lusa.

«A Força Aérea está bem, saudável, continua a cumprir as suas missões, e só tem dois problemas: necessita de criar mecanismos de retenção para manter os seus melhores quadros, onde incluo os pilotos, e precisa de mais dinheiro para pôr mais aviões no ar», declarou o General Luís Araújo.

«Eu começo a ter graves problemas com o custo dos combustíveis», disse. Luís Araújo acrescentou que ao gastar mais dinheiro em combustível, a Força Aérea fica com menos dinheiro para a sustentação logística. «Estas duas questões são exteriores à FAP e ultrapassam-nos», disse, considerando que tudo o resto está bem.

A «problemática» do novo helicóptero EH101



O General Luís Araújo fez estas afirmações à Lusa à saída da reunião com a Comissão Parlamentar de Defesa onde falou sobre a «problemática» do novo helicóptero EH101.

«Vim falar sobre a problemática do helicóptero EH101 no seu todo e não apenas sobre a sua manutenção», disse. «A prontidão dos EH 101 continua a ser baixa», confirmou, acrescentando que a FAP no total só dispõe de 5 helicópteros operacionais, dos quais dois estão no Montijo, um no Porto Santo e dois nos Açores.

«Este número é suficiente para assegurar a missão de busca e salvamento, mas eu gostava de ter uma prontidão superior», declarou. Interrogado sobre o ponto de situação do contrato de manutenção destes aparelhos, Luís Araújo revelou que o problema continua a ser a falta de sobressalentes.

«Esse problema ainda não está resolvido», afirmou, salientando «não saber» quando vai ser assinado o referido contrato de manutenção. «De qualquer forma não é no dia seguinte que chegam as peças sobressalentes», acrescentou.

«A situação da chamada «fuga» dos pilotos mantém-se com estes a saírem para as companhias civis, por entenderem que tem condições mais apelativas e são melhor remunerados», afirmou, sublinhando que é um problema com que a Força Aérea se defronta.
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