Esmeralda com o pai daqui a 90 dias - TVI

Esmeralda com o pai daqui a 90 dias

Esmeralda com os pais afectivos. Sargento livre (Foto Paulo Cunha/Lusa)

Tribunal adiou entrega da menor, aumentou visitas e substituiu médicos

Relacionados
O tribunal de Torres Novas decidiu esta segunda-feira adiar por mais 90 dias o prazo de entrega da menor Esmeralda ao progenitor, ao mesmo tempo que aumentou a frequência dos contactos com os pais e substituiu a equipa de pedopsiquiatras que faz o acompanhamento da criança, noticia a Lusa.

No despacho divulgado, no dia em que se cumpria o prazo para a entrega de Esmeralda ao pai, Baltazar Nunes, a juíza Sílvia Pires intensificou os contactos semanais com os pais de modo a facilitar a sua integração.

«Neste momento não estão reunidas as condições que permitam esperar que a integração da menor no seio da família paterna ocorrerá sem custos demasiado elevados para a saúde e equilíbrio psíquico da menor», pode ler-se no despacho.

Durante as próximas semanas, o casal Adelina Lagarto e Luís Gomes vai continuar a levar a criança, uma vez por semana, a casa de Aidida Porto, mãe, e de Baltazar Nunes.

Sábados com os pais biológicos

Daí em diante, os pais irão buscar Esmeralda uma vez por semana ao infantário de Torres Novas e entregá-la depois de jantar, podendo passar os sábados com a criança, em semanas alternadas.

O tribunal refere que «é necessário um maior empenhamento dos intervenientes» pelo que «aguarda com expectativa que o casal concretize em actos as suas intenções como já o fizeram na visita de 11 de Abril, que decorreu num ambiente securizante e gratificante para a menor».

Adelina Lagarto e Luís Gomes, bem como as técnicas de Reinserção Social acompanham a criança são aconselhados a incentivar a menor a «ficar no local da visita», cumprindo as ordens do tribunal.

«Datas e outras questões logísticas terão de ser articuladas» com as técnicas mas «qualquer acordo entre as partes sobre a concretização das visitas, tornando-as o mais exequíveis possível será benéfico para a menor».

Nova equipa de pedopsiquiatras

O tribunal indicou ainda o departamento de pedopsiquiatria do hospital de Santarém para efectuar o acompanhamento da menor, substituindo os médicos do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC).

A consulta agendada para 24 de Abril no CHC deverá manter-se mas caberá aos médicos de Santarém indicar um novo regime de encontros com a «máxima urgência» e dado o «melindre» da situação.

Segundo a juíza do processo, a alteração justifica-se com o facto de os médicos de Coimbra já terem manifestado não ter «condições para tratar a menor».

Além disso, a magistrada judicial realçou o «desconforto» gerado pelo facto de o advogado de Baltazar Nunes ter decidido processar criminalmente a equipa médica que produziu o último relatório sobre a menor em que desaconselhava a entrega ao progentor
Continue a ler esta notícia

Relacionados