Marinha Grande: 16 jovens condenados por assaltos - TVI

Marinha Grande: 16 jovens condenados por assaltos

  • Portugal Diário
  • 4 jan 2008, 21:35

Seis vão cumprir prisão efectiva. «Cyborg» apanhou 9 anos e 2 meses

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O Tribunal da Marinha Grande condenou hoje 16 jovens, seis dos quais com pena de prisão efectiva, por vários crimes de furto e roubos na região centro, tendo absolvido das acusações duas dezenas de suspeitos, refere a Lusa.

Na leitura do acórdão, que durou cerca de três horas motivando mesmo críticas dos advogados, a juíza-presidente do colectivo criticou a «vida de ociosidade» dos arguidos que preferiram ter proveitos com os furtos, numa opção de «risco e aventura».

A magistrada justificou a decisão pesada com o facto de muitos dos arguidos terem «antecedentes criminais», tendo cometido «estes crimes em períodos de suspensão de penas de prisão».

Quanto aos que receberam penas suspensas, têm agora «uma boa oportunidade para começarem a trabalhar e verem como é que se ganha a vida» que não é só de «ócio e de consumo de estupefacientes», acrescentou.

Dos 35 arguidos, 19 foram absolvidos de qualquer crime e o colectivo concluiu que não existiu associação criminosa, já que a rede não estava organizada e os furtos de carros e em escolas e lojas «não tinham conexão entre si».

O principal suspeito, conhecido como «Cyborg», foi condenado a nove anos e dois meses de prisão, seguindo outras condenações entre os dois anos e três meses e os quatro anos e oito meses para cinco arguidos.

Além dos furtos, o colectivo apurou outros crimes como arrombamento, burla, falsificação de documentos, condução ilegal ou tráfico de droga.

Os restantes elementos condenados foram sujeitos a penas suspensas ou serviço comunitário, que variam entre as 120 e as 480 horas.

O grupo estava responsável por roubar 80 carros entre Caldas da Rainha e Ovar e respondeu ainda por mais 45 crimes de furtos no interior de veículos, escolas, colectividades, cafés, um armazém, um pavilhão gimnodesportivo e um hospital.

Para o Ministério Público, o grupo, que actuou entre Março de 2004 e Fevereiro de 2005, retirava peças dos automóveis para revenda e alguns dos veículos foram sujeitos a actos de vandalismo, tendo sido mesmo incendiados.

Distribuído por dezenas de volumes, o processo teve origem em 142 inquéritos dispersos por vários tribunais que foram todos concentrados na Marinha Grande.
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