15 mil imigrantes vão aprender português - TVI

15 mil imigrantes vão aprender português

Multidão à porta do centro de atendimento do SEF

Projecto do Governo quer facilitar o acesso à nacionalidade portuguesa e à integração profissional

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O ensino do português e de vocabulário técnico específico a 15 mil imigrantes, facilitando o acesso à nacionalidade portuguesa e à integração profissional, é até 2013 o objectivo do programa «Português para Todos», lançado pelo Governo.

Integrada no âmbito do actual Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e co-financiada pelo Fundo Social Europeu, a iniciativa vai disponibilizar cursos gratuitos de língua portuguesa ou, para os imigrantes que já dominem o nível básico, de vocabulário técnico de cinco áreas: comércio, hotelaria, cuidados de beleza, construção civil e engenharia civil.

As escolas da rede do Ministério da Educação e os Centros de Formação Profissional, promotores da formação, vão leccionar os dois tipos de cursos: os primeiros permitirão um melhor acesso à nacionalidade, à autorização de residência ou ao estatuto de residência de longa duração, enquanto os segundos se destinam a facilitar a integração no mercado de trabalho.

No caso de instituições ou de empresas, os cursos poderão mesmo ser leccionados nas respectivas instalações, de acordo com as necessidades dos grupos e das entidades patronais.

Ao obter o certificado do curso, que pode ser leccionado em parceria com as associações de imigrantes ou empresas, os participantes ficarão dispensados da realização de testes comprovativos do conhecimento da língua.

«Deixar o país um pouco melhor»

Durante a cerimónia de apresentação do «Português para Todos», que decorreu numa escola de Paço de Arcos (Oeiras), o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, adiantou que o Governo recebeu já 46 candidaturas de estabelecimentos de ensino e centros profissionalizantes, disponibilizando 3,5 milhões de euros para a formação de 7.500 imigrantes até 2009.

Até à conclusão do QREN, em 2013, o plano prevê atingir os 15 mil participantes, com um investimento total de 11,5 milhões de euros.

Sublinhando que a iniciativa visa também «deixar o país um pouco melhor», Pedro Silva Pereira lembrou que Portugal deve dar aos imigrantes o mesmo tratamento que pretende para os seus emigrantes no estrangeiro.

Presente na sessão, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assegurou a estabilidade financeira do programa e afirmou que o mesmo é mais uma oportunidade de combater o «défice de certificação» do país.
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