Setúbal: peritagem confirma edifício em risco - TVI

Setúbal: peritagem confirma edifício em risco

  • Portugal Diário
  • 23 nov 2007, 21:41

«Rotura evolutiva» coloca em causa a estabilidade do edifício

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A peritagem dos técnicos da câmara de Setúbal e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil confirmou a existência de uma «rotura evolutiva» que coloca em causa a estabilidade do edifício onde se deu, quinta-feira, uma forte explosão.

A Governadora Civil de Setúbal, Eurídice Pereira explicou aos jornalistas, após uma reunião com os moradores e as várias entidades envolvidas no acompanhamento deste caso, que o ministro da Administração Interna e o secretário de Estado da Protecção Civil «estão a acompanhar a situação e o Ministério decidiu avançar com o escoramento do prédio que evitará consequências face a este receio de rotura».

«O peso dos escombros pressionava os andares inferiores e a estrutura do prédio deixando aberta a possibilidade de o prédio vir a ruir, o que ainda é uma hipótese que, para já, não está afastada». A responsável do Governo Civil informou que ainda hoje vai reunir com uma empresa para que se possa «actuar rapidamente e, se possível, já amanhã».

Em relação à peritagem do LNEC no prédio, realizada de manhã, a governadora explicou que «o ministro Rui Pereira tratou do dossier de adjudicação directa, pois é um caso de segurança pública que permite avançar independentemente das peritagens das companhias de seguros, que serão envolvidas no processo o mais rapidamente possível». Quanto à possibilidade de virem a ser demolidos os três pisos superiores, Eurídice Pereira afirmou que «nunca esteve em cima da mesa».

A explosão provocou sérios danos na estrutura do edifício e deixou fora de suas casas cerca de 160 pessoas. Há cerca de 130 pessoas realojadas em unidades hoteleiras de Setúbal, onde recebem todos os cuidados, refeições e vestuário. Os restantes moradores que não pediram ajuda às autoridades para alojamento estarão em casas de familiares e amigos.

No que diz respeito aos seguros, foi constatado na reunião com os moradores que há um seguro obrigatório das partes comuns e que a larga maioria dos residentes tem seguro das suas fracções do edifício. «Existem poucas pessoas no prédio que não têm o seguro, apenas dois ou três casos, mas existem situações jurídicas para encontrar uma resposta», afirmou a governadora.
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