Divulgada foto do quarto de Madeleine

O jornal britânico Daily Mail divulgou esta segunda-feira uma foto inédita do quarto do Ocean Club de onde desapareceu Madeleine McCann. O quarto onde a menina passou férias agora está vazio. Os lençóis das camas foram retirados para que possam ser analisados como provas.

Este foi o último local onde os pais afirmam ter visto a menina há mais de seis meses. O quarto foi analisado por especialistas forenses e depois liberado, tendo sido ocupado por outras pessoas. Depois, a PJ voltou ao local com cães que detectaram vestígios de sangue e odor de cadáver. Desde então, o quarto ficou fechado e está à guarda das autoridades portuguesas.

Lobby dos McCann atemoriza amigos

Vários amigos dos McCann que estavam na Praia da Luz quando Madeleine desapareceu pediram para ser ouvidos novamente pela PJ, para alterar o testemunho inicial. Segundo informações do jornal El Mundo, citadas pelo DN essas pessoas pediram para não ser identificadas devido ao «lobby poderoso» que rodeia o casal e que «atemoriza verdadeiramente qualquer pessoa», disse o advogado de uma das testemunhas.

«O meu cliente vê-se obrigado a guardar silêncio, é o que pode fazer para ajudar a investigação. E não estou a falar do sigilo a que obriga a lei portuguesa, mas das estranhas circunstâncias que rodeiam o caso», disse o advogado.

O causídico adianta que o seu cliente pediu para ser ouvido novamente e «corrigir alguns detalhes e discrepâncias» que surgiram nas declarações feitas pelas nove pessoas presentes no restaurante naquela noite. «O meu cliente não pretende acusar nem culpar ninguém, porque esse é o trabalho da polícia. Só quer esclarecer a verdade e não lhe interessa quem poderá sair prejudicado».

O advogado diz ainda que este caso não é «um caso de polícia normal» e adianta que entende que o governo britânico tenha a obrigação legal de ajudar os McCann. «O que não posso compreender é que eles receberam apoios que vão muito mais além do que seria normal. Essas intervenções foram prejudiciais ao meu cliente e à averiguação da verdade», disse.