Cultura luta esta semana contra a troika - TVI

Cultura luta esta semana contra a troika

Teatro de Vila Real

«Não aceitamos o discurso da crise», referiu o responsável do Manifesto em Defesa da Cultura

O movimento político Manifesto em Defesa da Cultura prepara, a partir desta segunda-feira, uma «semana nacional de luta» contra as medidas impostas pela troika e para exigir aumento do investimento público no setor.

De acordo com a agência Lusa, Pedro Penilo, um dos porta-vozes do movimento, divulgou na passada quinta-feira o programa previsto para, pelo menos, sete cidades do país, como Lisboa, Coimbra, Beja e Setúbal, que inclui iniciativas de rua direcionadas para os cidadãos.

O Manifesto em Defesa da Cultura, apresentado em dezembro passado, é «um movimento de cidadãos para cidadãos. É um prospeto político, não é filantrópico», e baseia-se «nos valores e legado da revolução de abril», esclareceu Pedro Penilo.

O movimento reivindica o cumprimento da Constituição Portuguesa, de garantia do livre acesso à criação e fruição cultural, defende a meta de um por cento no Orçamento do Estado destinado à cultura e ainda o fim das políticas de austeridade impostas pela troika.

«Não aceitamos o discurso da crise», referiu o responsável do manifesto, alertando que o dinheiro «está a ser canalizado para fins obscuros».

A semana de protesto decorre de hoje a 30 de setembro e incluirá, em Lisboa, assembleias de atividades, contactos com coletividades culturais e uma intervenção política, no dia 28, no Largo de Camões.

Em Setúbal, está previsto, no dia 30, um encontro distrital pela cultura, onde estão previstas intervenções de José Barata Moura, um dos subscritores do manifesto, da bailarina Cláudia Dias, do realizador Manuel Guerra, entre outros.

Em todas as cidades envolvidas haverá arruadas, intervenções teatrais na rua e esclarecimentos aos cidadãos, referiu Pedro Penilo.

O Manifesto em Defesa da Cultura, apresentado em dezembro, em Lisboa, contou entre os signatários com figuras como o historiador António Borges Coelho, a escritora Alice Vieira e o compositor João Madureira, o cineasta João Botelho, os arqueólogos Jacinta Bugalhão, Santiago Macias e João Zilhão, o escritor Manuel Gusmão, os catedráticos Helena Serôdio e Vítor Serrão, os músicos Manuel Pires da Rocha e Samuel Quedas.
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