Mais vagas para crianças e jovens em risco, anuncia Governo - TVI

Mais vagas para crianças e jovens em risco, anuncia Governo

Pedro Mota Soares e Mário António Costa

Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social adianta também que 300 profissionais vão dar apoio pedagógico nas instituições

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O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social anunciou, nesta terça-feira, a criação de mais vagas para acolher crianças e jovens em risco.

Marco António Costa falava aos jornalistas à margem do Congresso Internacional sobre Inovação Social, que decorre até quarta-feira no Porto, tendo sido questionado sobre a notícia avançada pelo Diário de Notícias, no domingo, que dava conta de que o Estado está sem vagas para acolher crianças em perigo.

«A situação é muito grave mas estamos a trabalhar na resolução desse problema. Não se resume a criar mais vagas e sim a melhorar o funcionamento e encontrar soluções para os jovens e para as crianças que estão nessas instituições», afirmou, citado pela Lusa.

«Não chega só criar vagas. Temos de as especializar, temos de lhes dar uma orientação específica em funções das necessidades dessas crianças», explicou, ainda.

Para Marco António Costa, não podem existir taxas de insucesso escolar na ordem dos 50 por cento nos jovens institucionalizados, como acontece neste momento, o que levou a reuniões com o Ministério da Educação, que resultaram no lançamento conjunto do Plano Casa, apresentado durante o mês de julho e «que vai dar resposta a essas matérias».

«O Ministério da Educação já anunciou, por exemplo, no âmbito da proteção de jovens e crianças em risco, que os professores que estão colocados nessas comissões [Comissões Nacionais de Proteção de Jovens e Crianças em Risco] passarão a estar a tempo inteiro e não a meio tempo», observou.

O secretário de Estado disse, ainda, que estão a ser mobilizados «300 profissionais, 150 disponibilizados pelo Ministério da Educação e 150 pelo Ministério da Solidariedade, para dar apoio pedagógico, nas instituições, a estes jovens e a estas crianças».

Também vão ser dadas «respostas especiais na área da formação e da empregabilidade de jovens que entram em idade de procurarem uma ocupação profissional e também um conjunto de investimentos que queremos fazer nas condições de funcionamento destas instituições», assegurou.

O governante recordou, também, o anúncio, na semana passada, de «uma linha de crédito de 150 milhões de euros, dos quais 50 milhões são assegurados pelo Governo e outros 100 milhões pelo Montepio Geral, que se destinam a apoiar as instituições sociais que têm investimentos realizados e que estão neste momento com problemas de tesouraria».

«Durante muitos anos em Portugal, o Estado preocupava-se em mandar construir e em fomentar a construção de equipamentos, mas não se preocupava em arranjar soluções para depois pagar esse investimento. As instituições estão com muitos problemas a esse nível», criticou.
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