A antiga secretária geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes, vai continuar em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.
O Tribunal da Relação de Lisboa indeferiu o recurso da arguida que ainda fica impedida de contactar antigos e atuais elementos do SIS (Serviços de Informação e Segurança), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Judiciária, Ministério da Administração Interna e da magistratura judicial e Ministério Público.
Maria Antónia Anes está indiciada por crimes de corrupção passiva e ativa num inquérito que investiga entre outros aspetos a atribuição irregular de vistos dourados.
Entre os arguidos deste processo, estão também o antigo presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, que se encontra em prisão preventiva, e o ex-diretor geral dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Palos, que está desde quarta-feira em liberdade, mas sujeito a várias condições impostas pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Manuel Jarmela Palos passa a estar sujeito à apresentação, duas vezes por semana, ao posto policial da sua residência, no âmbito do mesmo processo.
O TRL impôs ainda ao ex-diretor do SEF a proibição de ausência do país (o que implica a entrega de passaporte), mantendo as anteriores medidas de coação relativas à suspensão do exercício de funções públicas e a proibição de manter contactos com os restantes arguidos do processo.
Em causa estão indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência, relacionados com a atribuição de autorizações de residência para a atividade de investimento, vulgarmente conhecidos por «vistos Gold».
Ex-secretária geral do Ministério da Justiça continua em prisão domiciliária
- Redação
- MM
- 19 mar 2015, 17:14
Tribunal da Relação de Lisboa indeferiu o recurso da arguida
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