Sócrates «desgastou classe dos professores» - TVI

Sócrates «desgastou classe dos professores»

Manifestação dos professores em Lisboa [Filipe Caetano]

Secretário-geral da FENPROF garante que nunca houve um governo que degradasse tanto o traablho dos docentes

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O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, declarou este domingo na Madeira que o Governo de José Sócrates é o executivo que mais desgastou a classe dos professores nos últimos 34 anos de democracia em Portugal, escreve a Lusa.

«É o governo que mais degradou as condições do exercício da profissão de professor, no plano da desvalorização, da injúria, do insulto, da desconsideração e do desrespeito», referiu Mário Nogueira numa iniciativa do Sindicato dos Professores da Madeira por ocasião do Dia Mundial dos Professores.

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«Posso dizer que, em 34 anos de democracia, os professores nunca foram sujeitos a uma campanha de desvalorização social tão forte como aquela que este governo fez», acrescentou.

Mário Nogueira contestou as afirmações do primeiro-ministro no início do ano lectivo, quando Sócrates referiu que o «Estado não era uma agência de emprego» e que o «tempo do facilitismo» tinha acabado.

Agência de desemprego

«Os professores não querem que o Estado seja uma agência de emprego, o que não aceitam é que o Ministério da Educação se tenha transformado em agência de desemprego docente», disse Mário Nogueira.

O secretário-geral da federação sindical de professores acusou ainda o Governo da República de deliberadamente ter tomado medidas «orientadas para o aumento do desemprego docente» como a «prova para ingresso na profissão».

Esta prova, disse o sindicalista, «pretende afastar da profissão milhares de docentes, alguns com vários anos de serviços prestado e avaliados positivamente».

«A nossa esperança é que os professores não fiquem de braços cruzados à espera que as coisas mudem, a única esperança que nós podemos ter é a capacidade de mobilização e de luta dos professores», lembrou.

De volta à rua

Por isso anunciou que o Secretariado Nacional da FENPROF vai reunir-se esta semana. «Dessa reunião vão sair acções de luta, os professores vão voltar à rua, à contestação, ao protesto à pressão sobre este governo para que mude de atitude e de políticas».

Desejou ainda que a consigna do Dia Mundial do Professor seja concretizada em Portugal e que os professores «passem a contar verdadeiramente e a serem considerados porque se a escola não se faz só com professores também não se faz sem eles».
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