Lisboa: comerciantes relatam momentos de aflição - TVI

Lisboa: comerciantes relatam momentos de aflição

Chuva inundou lojas e água chegou ao nível da cintura. Alguns precisaram mesmo de ajuda para sair. Envie fotos e vídeos do mau tempo para euvi@tvi.pt

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Isabel Rodrigues viveu esta manhã momentos de pânico com a chuvada que se abateu em Lisboa, inundando a loja de produtos de higiene e de cosmética pela qual é responsável na Rua das Portas de Santo Antão.

De lágrimas nos olhos relatava como só tinha gritado «socorro, socorro» à medida que ia vendo a água a subir dentro do estabelecimento até à sua cintura. «Não vê, estou encharcada», fazia notar. «Estava a ver que não conseguia sair e as pessoas da loja da frente é que nos ajudaram a saltar a chapa» que foi colocada para tentar travar a água, relatou.

Isabel repetia que aquele era o seu posto de trabalho e faltavam-lhe as palavras para conseguir verbalizar a sua impotência.

Numa livraria mais à frente, Carlos, de vassoura na mão, lamentava os livros estragados enquanto mostrava a marca de lama provocada pelas cheias que estava bem visível numa mesa na loja.

«Houve outra inundação há quatro anos. E há 15 dias uma outra, mas conseguimos salvar alguns livros. Hoje, o problema é que começou a chover de repente», comentava Carlos, da Livraria Bizantina, sem esconder o sentimento de desolação.

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Há 23 anos no restaurante/marisqueira Inhaca, na mesma zona da Baixa Lisboeta, Armando Baptista, achava que estava a salvo das inundações quando fez obras na frente do estabelecimento.

Mas desta vez, o rebentamento de canos nas traseiras trocou-lhe as voltas e multiplicou os danos. «Hoje não abrimos, é um dia perdido, e amanhã não sei. Temos duas arcas frigoríficas estragadas e não sei qual o estado do balcão», afirmou.

A forte chuva que se abateu em Lisboa atingiu a Baixa e percorreu a rua de Santo Antão onde eram visíveis lojas que fechavam e outras com os funcionários à porta munidos de vassouras.

A Rua de São José foi cortada ao trânsito devido ao levantamento do alcatrão, num local onde a água era retirada de dentro dos estabelecimentos a balde.

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