Seca: responsáveis desdramatizam risco - TVI

Seca: responsáveis desdramatizam risco

  • Portugal Diário
  • 16 nov 2007, 14:16

As reservas das albufeiras portuguesas «são boas», diz presidente do INAG

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O Ministro do Ambiente e o vice-presidente do Instituto da Água (INAG) desdramatizaram hoje os efeitos do tempo seco que se tem sentido nos últimos meses, referindo que as reservas das albufeiras portuguesas «são boas».

«Estamos num período seco, mas não de seca», disse o vice-presidente do INAG, José Rocha Afonso, acrescentando que as albufeiras e os aquíferos estão em bom estado no que respeita aos níveis de água.

O vice-presidente do INAG falava à margem da Conferência Internacional sobre Sistemas de Gestão de Secas, que se realiza hoje em Lisboa.

Também à margem desta conferência, o ministro do Ambiente, Nunes Correia, disse à Lusa que as barragens «estão bem abastecidas» e que «a situação está a ser acompanhada com muita atenção», mas sem muita preocupação.

Por sua vez, o presidente do Instituto de Meteorologia, Adérito Serrão, que interveio no debate de uma das sessões, esclareceu que a «situação de seca meteorológica não é grave» e que corresponde ao primeiro nível da escala de seca, abrangendo dois terços do território.

Adérito Serrão referiu, no entanto, que as previsões para os próximos três meses não traduzem «conforto» em relação à situação que o país atravessa.

Apesar destas declarações, o vice-presidente do INAG reforçou que «não há razões para preocupação», acrescentando que a Comissão de Gestão de Albufeiras vai reunir-se na próxima semana para avaliar a situação, não estando previsto que se tomem quaisquer medidas de «restrição» no uso de água.

José Rocha Afonso referiu também que a situação vai ser revista em Janeiro, porque muitas vezes os meses de Outono são secos e os de Inverno chuvosos, invertendo as situações.

Este responsável abordou a política da água com vista à sua boa utilização, referindo a importância da política de preços. Nesta âmbito referiu também a importância da taxa de recursos hídricos, cujo valor ainda não foi decidido pela tutela, como tomada de consciência da importância dos recursos.
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