Falta de chuva «mata» Alentejo (fotos) - TVI

Falta de chuva «mata» Alentejo (fotos)

  • Portugal Diário
  • 8 nov 2007, 17:53
Alentejo - Foto Nuno Veiga/Lusa

Agricultores temem estar perante um novo ciclo de seca. Se a falta de chuva é agora um problema, a que caíu no final do Verão - demasiado cedo - «estragou os pastos». Sem outra alternativa, o gado terá de comer forragens e rações. O bom tempo está para continuar. Também os comerciantes se queixam deste «falso Outono»

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As pastagens naturais para alimentar o gado estão a «morrer» no Alentejo, devido à falta de chuva, o que poderá obrigar os produtores pecuários a aumentar as despesas na aquisição de forragens e rações.

Segundo noticia a Lusa, o quadro foi descrito pelo presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Évora, Francisco Carolino, que fez eco das preocupações dos agricultores alentejanos face a um eventual novo ciclo de seca.

«Os agricultores vão ter de gastar mais dinheiro na aquisição de rações e forragens», afirmou o dirigente associativo, com o argumento de que as «pastagens estão a secar» no Alentejo.

O responsável no Alentejo da Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), Nelson Figueira, explicou, por seu turno, que as chuvas no final do Verão, ainda muito cedo, «estragaram os pastos secos que havia nos campos e fizeram nascer novas ervas, que estão a secar porque não chove». Agora, advertiu, «a falta de chuva está a prejudicar o nascimento das novas pastagens».

O panorama é corroborado por Raul Vinagre, suinicultor no concelho alentejano de Mourão, nas margens de Alqueva, garantindo que a «crise» da falta de pastagens está a tornar-se «catastrófica».

«Passámos os meses de Verão já a sufocar (sem pastagens) e, agora, com este Outono, os agricultores já não têm reservas de palhas e fenos, não conseguindo suportar os elevados preços das farinhas para a alimentação dos animais», disse.

A situação, segundo Francisco Carolino, «pode ser comprometedora para o próximo ano agrícola, que está agora a começar. A falta de chuva e as altas temperaturas, anormais para a época, vão trazer, a curto e médio prazo, consequências já dificilmente ultrapassáveis», avisou.
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