Casa Pia: Ferreira Diniz quer desacreditar testemunhas - TVI

Casa Pia: Ferreira Diniz quer desacreditar testemunhas

Ferreira Diniz, outro dos arguidos do processo Casa Pia

Médico apontou várias incrongruências às testemunhas

O médico e arguido João Ferreira Diniz procurou esta terça-feira em tribunal desacreditar vários testemunhos que o associam ao abuso sexual de menores no âmbito do processo Casa Pia, apontando-lhes várias incongruências, escreve a Lusa.

Ferreira Diniz referiu-se, nomeadamente, ao automóvel Ferrari a que várias alegadas vítimas e testemunhas o associam, frisando que, por exemplo, uma das testemunhas o aponta como sendo o «médico do Ferrari».

Acontece que, segundo Ferreira Diniz, à altura dos factos relatados, a testemunha tinha 16 anos e nessa altura «não havia nenhum Ferrari».

Além disso, o principal arguido do processo, o ex-motorista da Casa Pia Carlos Silvino (Bibi), disse tê-lo visto no automóvel em Elvas - localidade onde alegadamente ocorreram abusos sexuais de alunos da instituição de forma continuada - em Março de 1999, data em que afirmou que não tinha ainda o Ferrari.

«Não conheço Carlos Silvino

O médico, que na sexta-feira passada quebrou o silêncio pela primeira vez durante o julgamento que decorre no Tribunal de Monsanto, Lisboa, acrescentou que não conhece Carlos Silvino, admitindo, no entanto, poder ter-se «cruzado com ele» nos treinos e jogos da equipa da Casa Pia, onde acompanhava um ex-aluno da instituição que vive em sua casa.

«Falou-me pela primeira vez no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária (PJ)», afirmou Ferreira Diniz, desmentindo «Bibi» e afirmando que «nunca» o observou medicamente, como alega o ex-motorista, nem se encontrou com ele em lado nenhum a pretexto de receber menores.

Ferreira Diniz adiantou que também só conheceu outro arguido do processo, Carlos Cruz, quando ambos estiveram presos na PJ, negando que o apresentador de televisão alguma vez tenha estado em sua casa ou no seu carro.

Do mesmo modo, negou conhecer os outros arguidos do processo antes de ser preso, referindo ser «impossível» terem sido vistos em sua casa, como referiram vários testemunhos.
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