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Clonagem cura o cancro

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Terapia inovadora faz desaparecer cancro da pele, o melanoma, em apenas dois meses

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Médicos norte-americanos trataram com êxito pela primeira vez um doente com melanoma, o mais maligno dos cancros da pele, com células clonadas do seu sistema imunitário, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira, noticia a agência Lusa.

Esta é a primeira terapia em que foram usados apenas linfócitos T do paciente clonados em laboratório para tratar um melanoma em fase avançada e que teve como resultado uma longa remitência - disse Cassian Yee, do Centro de Investigação do Cancro Fred Hutchinson, principal autor do estudo publicado no New England Journal of Medicine.

Yee e a sua equipa recolheram linfocitos T do tipo CD4+ (células chave do sistema imunitário) de um homem de 52 anos que sofria de um melanoma avançado já propagado a um dos gânglios linfáticos da virilha e a um dos pulmões.

Esses linfócitos T dirigidos especificamente ao melanoma foram clonados em grande número num laboratório antes de serem injectados no corpo do paciente, sem qualquer outro tratamento complementar.

Dois meses depois, exames feitos com scanner e tomografia por emissão de positrões (TEP), que permitem obter imagens tridimensionais de um órgão, não revelaram qualquer tumor, explicou Yee.

O doente, a quem antes do tratamento fora prognosticado menos de um ano de vida, não tem sintomas nem sinais do cancro há dois anos, precisou.

«É o primeiro caso revelador da inocuidade e eficácia de uma terapia que usa apenas células clonadas do sistema imunitário do doente», embora se trate do único caso de sucesso num pequeno estudo que envolveu apenas nove pacientes, referiu.

«Tivemos um êxito com este doente, mas ainda é preciso confirmar a eficácia da imunoterapia em estudos mais alargados», sublinhou.

Anualmente são diagnosticados nos Estados Unidos 62.000 novos casos e há cerca 8.000 casos de morte por melanoma.

Em Portugal, todos os anos aparecem aproximadamente 10 mil novos casos de tumores da pele. Cerca de mil são de melanoma, com uma mortalidade de 10 a 20 por cento após cinco a dez anos.
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