Évora sem água

Artigo actualizado às 10h44

O centro histórico Évora está sem água desde as 23:00 de terça-feira devido ao excesso de metais, como o alumínio, detectados na rede que abastece a cidade, informou o presidente da autarquia local, esta quarta-feira.

José Ernesto de Oliveira referiu à agência Lusa que técnicos da empresa de tratamento da rede que abastece o distrito de Évora se encontram no terreno a «afinar o sistema de tratamento» para repor os parâmetros de qualidade e segurança da água, a fim de que ainda hoje de manhã o abastecimento possa ser restabelecido.

«Está tudo mobilizado, a trabalhar afincadamente para ver se o problema se consegue resolver», assegurou.

O autarca adiantou que a concentração excessiva de metais, como o manganés e o alumínio, foi detectada, na terça-feira à noite, na água da rede pública de abastecimento, que é captada a partir da Albufeira de Monte Novo, que tem um «nível muito baixo».

Segundo os técnicos da empresa de tratamento Águas do Centro Alentejo, citados pelo presidente da Câmara de Évora, os metais foram arrastados para a albufeira devido às enxurradas provocadas pelo mau tempo.

Água para hospitais e lares

Esta manhã a cidade continua com dificuldades no abastecimento de água, mas tem estado a ser assegurado o fornecimento a entidades prioritárias, como hospitais, clínicas de hemodiálise e lares, confirmou à Lusa o presidente da autarquia.

Os Bombeiros de Évora estão, desde a madrugada a abastecer os depósitos do Hospital do Espírito Santo, indicou fonte dos bombeiros citada pela Lusa.

Quanto ao Hospital do Patrocínio, uma viatura dos bombeiros está a bombear água directamente para a rede da unidade hospitalar, referiu a fonte.

O presidente da Câmara, José Ernesto de Oliveira, adiantou que, apesar de a capacidade de abastecimento de água se encontrar a 30 por cento face às necessidades do concelho, com recurso a fontes alternativas, «ainda há água nas zonas mais baixas» da cidade, enquanto nos bairros periféricos se assiste a uma diminuição da pressão.

Escolas encerradas

As escolas de Évora encerraram as actividades lectivas por causa do corte de água. O director regional de Educação do Alentejo, José Verdasca, adiantou à agência Lusa que os directores das escolas têm competência para, «avaliando as situações», encerrar as actividades.

O centro histórico Évora está sem água desde as 23:00 de terça-feira, devido ao excesso de metais, como o alumínio, detectados na rede que abastece a cidade, segundo o presidente do município, José Ernesto Oliveira.