«Gang de carjaking» em silêncio - TVI

«Gang de carjaking» em silêncio

  • Portugal Diário
  • 31 jan 2008, 17:16

Assaltos terão rendido cerca de 1,1 milhões de euros. Julgamento já começou

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O julgamento de um grupo acusado do roubo de máquinas Multibanco, assalto a carrinhas de valores e roubo de veículos através de carjaking, no valor de 1,1 milhões de euros, começou hoje no Porto sem quaisquer declarações dos arguidos.

«Por enquanto não» e «para já não» foram as respostas dos arguidos quando questionados pelo colectivo de juízes sobre se pretendiam apresentar ao tribunal a sua versão dos factos.

Numa declaração prévia, mais tarde reafirmada aos jornalistas, o advogado Jaime Ribeiro, defensor do arguido Pedro N., criticou a acusação policial que - disse - resultou numa «hiper-acusação» do Ministério Público (MP). Jaime Ribeiro disse mesmo que o seu cliente está acusado de cometer crimes em alturas em que estaria no estrangeiro ou retido em casa, por doença.

Carjaking aumenta em 2007

Famalicão: assalto a ourivesaria com «carkjacking»

O colectivo de juízes da 3ª Vara Criminal de São João Novo determinou a separação do processo de um dos 12 arguidos inicialmente constituídos - Camilo C., 41 anos, que se encontra em parte incerta.

Os magistrados decidiram também que a próxima sessão, a 07 de Fevereiro, será destinada a ouvir os demandantes nos processos de indemnização cível. No dia 18 serão ouvidos inspectores a Polícia Judiciária e no dia 28 seis alegadas vítimas.

Aos arguidos, com idades entre 25 e 40 anos, o MP imputa a prática, em co-autoria material e em concurso real, de 69 crimes, a maioria na forma consumada, em 2004 e 2005, no Litoral Norte de Portugal. Os crimes vão desde a associação criminosa à posse de arma proibida, roubo e furto qualificado, nas formas consumada e tentada, bem como falsificação de documentos.

Numa actividade intensa, com roubos que em algumas alturas atingiram o ritmo bidiário, este gang chegou a encurralar e a metralhar viaturas de transporte de valores (VTV) em auto-estradas ou nos seus acessos, de acordo com as descrições dos autos.

Os membros do grupo, a maioria em prisão preventiva e um deles já a cumprir pena efectiva, distribuíam-se em subgrupos e cada um tinha funções «perfeitamente definidas e delimitadas», refere o MP. Os veículos furtados ou roubados por «carjaking» eram usados noutros crimes ou falsificavam-lhe os elementos identificadores para os poderem introduzir no circuito comercial, precisa a acusação. Num «recuo» (garagem) que tinham alugado em Oliveira do Douro, Gaia, os arguidos escondiam os automóveis roubados, armas de fogo, gorros, ferramentas e outros objectos necessários.
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