Encerrada escola de condução acusada de falsificação de cartas

A Escola de Condução Douro, em Oliveira de Azeméis, foi suspensa esta terça-feira pelo Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT), depois do tribunal local ter proibido o proprietário da instituição «do exercício de funções relacionadas com o ensino da condução», devido à suspeita de envolvimento numa rede de falsificação de guias.



De acordo com uma fonte oficial do instituto, citado pela agência Lusa, «o IMTT deliberou a suspensão imediata da actividade da escola de condução Douro, da qual o referido instrutor é titular de alvará», depois da decisão judicial.

A agência noticiosa aponta que Daniel Bastos está indiciado por corrupção, falsificação de documentos e carimbos, posse ilegal de arma e associação criminosa, sendo que as autoridades estimam que esteja envolvido na atribuição ilegal de cartas de condução a cerca de 100 pessoas.

Em 2005, o instrutor esteve envolvido num processo semelhante. Na altura, como proprietário de uma escola de condução em Cinfães do Douro.

A Lusa adianta ainda que em Oliveira de Azeméis, é acusado de dirigir uma rede que, nos últimos cinco anos, terá falsificado guias de substituição de cartas de condução, adulterado documentos para a obtenção de crédito bancário e forjado apólices de seguro e selos de inspecção automóvel.

É também acusado de incentivar a obtenção fraudulenta de cartas de condução, recorrendo a microcâmaras, instaladas no vestuário dos examinados, que lhe permitiriam observar o questionário de teste e fornecer as respostas certas através de um auricular. O método renderia entre 1500 a 2000 euros por pessoa.