Gripe: países vão partilhar amostras de vírus

Os países que pertencem à Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram a acordo para partilhar amostras de vírus da gripe que permitam um melhor acesso a vacinas e a medicamentos.

Segundo um comunicado divulgado pela OMS, trata-se de um «acordo histórico» para a preparação mundial para as pandemias de gripe.

Com este acordo, que foi negociado durante uma semana, «o mundo estará em melhor posição para lutar contra a gripe sazonal e contra potenciais ameaças pandémicas, como o vírus H5N1», que provoca a gripe das aves.

Este acordo vincula, não só os Estados, como também os laboratórios e indústria farmacêutica, para «reforçar a resposta mundial» contra uma próxima pandemia.

Reforçar e acelerar o acesso a vacinas essenciais, bem como a medicamentos antivirais é um dos objectivos, em especial para os países menos desenvolvidos.

«Os países em desenvolvimento têm frequentemente um acesso limitado às vacinas por várias razões: raramente têm capacidades próprias de fabrico, o abastecimento mundial pode ser limitado no caso de aumento brutal dos pedidos em caso de pandemia, e as vacinas podem atingir preços inacessíveis para certos países», refere a OMS.

Ao mesmo tempo que tenta assegurar um acesso «mais equitativo às vacinas», o acordo pretende garantir a circulação de amostras de vírus, que vão permitir «análises cruciais» para avaliação de risco e para o desenvolvimento das imunizações.

O processo para chegar a este acordo envolveu 193 países da OMS e começou já em 2007, depois da pandemia da gripe aviaria no sudeste asiático.