Homicida de Matosinhos condenado a 18 anos - TVI

Homicida de Matosinhos condenado a 18 anos

Justiça

Apunhalou o antigo colega pelas costas e deixou-o morrer no chão da casa-de-banho

Joaquim Carreiro foi condenado esta quarta-feira a 18 anos de prisão pelo homicídio do vigilante de um parque-auto, de quem já fora colega, e ao pagamento de uma indemnização de 210 mil euros à viúva, refere a agência Lusa.

A advogada do arguido acusou o tribunal de Matosinhos de «prepotência» por ter impedido a inquirição de algumas testemunhas.

Noémia Pires, mandatária, pretende recorrer da sentença por considerar que «foram violados os direitos do arguido» quando o colectivo «decidiu que já não era preciso ouvir as testemunhas de defesa que tinham sido arroladas e admitidas».

«Não há nenhum tribunal que possa vir dizer que as testemunhas não têm interesse», sustentou a advogada. A causídica acredita que tal decisão se deva à «celeridade imposta» aos tribunais sendo que este dia era mesmo a «única data que o tribunal tinha para este julgamento».

Ministério Público pediu pena máxima

Quanto à eventual decisão do Tribunal da Relação do Porto sobre o recurso que irá interpor, Noémia Pires está confiante que o julgamento de Joaquim Carreiro terá de ser repetido. «Vou recorrer e vou até às últimas consequências», frisou Noémia Pires.

Filipe Carreiro foi condenado, em cúmulo jurídico, a 18 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado agravado, furto qualificado e condução sem habilitação legal, tendo sido absolvido do crime de falsas declarações de que também foi acusado.

«Além de anular o direito à vida ficou demonstrado que o objectivo era furtar», referiu o juiz-presidente, Nuno Melo. O magistrado deu como provada a globalidade dos factos da acusação, parte dos quais assumidos pelo arguido.

Homicida ainda vai ter que pagar 9 mil euros à Spel

A alegada ingestão de álcool e estupefacientes, atrás da qual se justificou o arguido, não foi levada como credível, tendo a perícia realizada pelo tribunal apurado que este é imputável. Quanto aos problemas psíquicos, também alegados pelo arguido, apurou-se que os crimes resultaram do facto de sempre se ter recusado a procurar ajuda.

O arguido terá de pagar cerca de nove mil euros de indemnização à Spel (Sociedade Portuguesa de Parques de Estacionamento) e cerca de 210 mil euros à viúva e filhos da vítima (Manuel Real). Segundo o MP, Joaquim Carreiro matou com uma facada Manuel Real, 46 anos, entre as 03:15 e as 13:20 de 01 de Novembro do ano passado.
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